Grupo pede fim da violência contra a mulher em protesto em Porto Alegre

Grupo pede fim da violência contra a mulher em protesto em Porto Alegre

Aumento no número de crimes passionais motivou ato no Dia dos Namorados

Mauren Xavier / Correio do Povo

Mulheres foram à Esquina Democrática para protestar

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O aumento no número de casos de violência contra a mulher neste ano, em especial os crimes passionais, fez com que entidades promovessem um ato diferenciado nesta quarta-feira na Esquina Democrática, no Centro de Porto Alegre. Aproveitando as comemorações do Dia dos Namorados, o grupo lançou a ação “Basta de Violência contra a Mulher”.

Também prestaram informações e, especialmente, repassaram orientações sobre como procurar ajuda.
Quase todos os crimes foram praticados por atuais ou ex-companheiros.

Segundo dados da Secretaria de Políticas para as Mulheres, no ano passado foram assassinadas 99 mulheres no Estado, o que representa o dobro na comparação com o ano anterior. Nos primeiros cinco meses deste ano já foram 47 vítimas.

De acordo com a secretária de Políticas para as Mulheres, Ariane Leitão, é fundamental que as mulheres denunciem e busquem os serviços de proteção. Somente em maio, mais de mil mulheres pediram proteção à polícia. 

Existem vários canais para pedir ajuda. Em caso de flagrante é necessário acionar a Brigada Militar pelo telefone 190. Já a Rede de Enfrentamento à Violência Contra as Mulheres pode ser contatada pela Escuta Lilás, no telefone 0800-5410803. “Nada melhor do que escolher essa data, que evidencia o amor para mostrar que as mulheres não podem se submeter a violência”, disse.

Segundo ela, um dos desafios é fortalecer o atendimento às vítimas no Interior. “Sabemos que essa é uma carência e, pensando nisso, estamos articulando uma regionalização dos serviços”, sintetizou.

A secretária antecipou que, preocupado com o aumento de casos de agressão contra a mulher, o governo do Estado está mobilizado para o enfrentamento. Ela explicou que serão promovidas diversas ações, em especial no estímulo à denúncia junto aos órgãos de Justiça. “Vamos fortalecer a rede de atendimento e dar mais proteção às mulheres”, observou.

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