Há 3 meses, Museu Nacional assinou contrato de patrocínio com o BNDES
Falha nos hidrantes colaborou para alastramento do incêndio que tomou conta do prédio
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"A recuperação física do prédio histórico; a recuperação de acervos - de modo a garantir mais segurança às coleções e otimizar o trabalho dos pesquisadores; a recuperação de espaços expositivos - estimulando maior atração de público e promoção de políticas educacionais vinculadas a seus acervos; a revitalização do entorno do museu; e o fortalecimento da instituição gestora", conforme divulgado à época pelo BNDES.
O ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão, disse que o dano do fogo ao acervo é "irreparável", e afirmou que o acidente poderia ter sido evitado. Ao tomar ciência do incêndio, ele divulgou a seguinte nota:
"Um incêndio está destruindo o Museu Nacional, que pertence à Universidade Federal do Rio de Janeiro. É uma imensa tragédia. Trata-se do museu mais antigo do país. Completou 200 anos em junho. Tem um acervo fabuloso em diversas áreas. Aparentemente vai restar pouco ou nada do prédio e do acervo exposto. A reserva técnica não foi atingida. É preciso descobrir a causa e apurar a responsabilidade. O BNDES assinou em junho um contrato de patrocínio no valor de R$ 21,7 milhões. Tenho procurado ajudar a instituição desde que entrei no MinC."
" O Instituto Brasileiro de Museus realizou diversas ações. Infelizmente não foi o suficiente. Temos que cuidar muito melhor do nosso patrimônio e dos acervos dos museus. A perda é irreparável. Certamente a tragédia poderia ter sido evitada. O MinC está de luto. A cultura está de luto. O Brasil está de luto. É vital refazer o Museu Nacional, revendo também seu modelo de gestão. E investir agora para que isso não aconteça nos demais museus públicos e privados".
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Acervo de invertebrados foi salvo
Em meio às chamas e aguardando o controle do incêndio, a vice-diretora do Museu Nacional do Rio de Janeiro, Cristina Serejo, afirmou que "nem tudo foi perdido do acervo" do museu. Uma coleção de invertebrados escapou do fogo, pois fica em um prédio anexo, que não foi afetado pelas chamas. Segundo Cristina Serejo, alguns pesquisadores conseguiram sair do prédio com seus acervos pessoais. Outros funcionários tiveram condições de retirar computadores pessoais.
Pesquisadores pedem colaboração para resgate de acervo
Com a destruição da maior parte do acervo do Museu Nacional do Rio de Janeiro, pesquisadores, funcionários e colaboradores da área de museologia buscam resgatar tudo que está relacionado ao material que havia ali. Eles pedem que aqueles que tiverem imagens, sejam fotografias, vídeos e selfies, dos espaços e acervo atingidos pelas chamas enviem para o grupo. Em nota, o grupo apela para que o material seja encaminhado ao e-mail: thg.museu@gmail.com