Haitianos e senegaleses chegam a Santa Catarina

Haitianos e senegaleses chegam a Santa Catarina

Ainda não se sabe quantas pessoas devem desembarcar em Porto Alegre

Jézica Bruno

"A Secretaria de Direitos Humanos pediu para quem falasse francês viesse ajudar e estamos aqui" afirmou Ialá

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Chegaram a Florianópolis (SC), no começo da madrugada desta segunda-feira, os haitianos e senegaleses que se deslocam para o Sul do país desde quinta-feira. No entanto, a falta de informações do governo do Acre (AC), de onde partiram 88 estrangeiros em dois ônibus, provocou desencontros na viagem que tem como destino final a capital gaúcha.

Em Porto Alegre, nem mesmo as equipes da prefeitura, responsáveis para fazer o acolhimento dos estrangeiros, sabiam ao certo o horário que eles deveriam desembarcar na cidade. Existia apenas uma informação, que não era oficial, de que o desembarque pudesse acontecer por volta das 5h desta segunda-feira. A falta de informações também atingia o Estado e a empresa responsável pelo transporte. Na Estação Rodoviária de Porto Alegre, a última atualização disponível no balcão da Eucatur, no final da noite de domingo, era referente a sábado, quando os ônibus haviam passado por Mato Grosso (MT).

O atraso da viagem fez com que dois amigos, Francisco Ialá, 34 anos, de Guiné-Bissau, e Oismane Faye, 43 anos, do Senegal, esperassem durante horas na rodoviária da capital gaúcha. Eles estudam e trabalham no Brasil há mais de sete anos e se propuseram a dar apoio aos estrangeiros que chegam ao país sem falar o idioma local. “A Secretaria de Direitos Humanos pediu para que quem soubesse falar francês desse apoio aos que chegam, por isso estamos aqui”, afirmou Ialá.

Ainda não se sabe quantos passageiros devem chegar a Porto Alegre, já que muitos desembarcaram em outros Estados. “Estão chegando perdidos, sem informações e sem conhecer nada, por isso é importante que recebam o nosso apoio no que for preciso”, salientou Faye.

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