Hillary Clinton defende livre arbítrio da mulher em texto da Rio+20

Hillary Clinton defende livre arbítrio da mulher em texto da Rio+20

Secretário de Estado americana afirmou que os EUA continuarão lutando em defesa do tema

AFP

Hillary Clinton discursou em cúpula da ONU na Rio+20 nesta sexta-feira

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A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, lamentou nesta sexta-feira que o texto da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, tenha deixado de fora uma menção ao direito de cada mulher de decidir quando e se quer ou não ter filhos. "Apesar de estar satisfeita com o fato de o documento garantir os direitos sexuais e reprodutivos e o acesso universal ao planejamento familiar, para alcançar nossas metas sobre desenvolvimento sustentável também precisamos garantir os direitos reprodutivos das mulheres", declarou Hillary em seu discurso na cúpula da ONU na Rio+20, que termina nesta sexta-feira.

"Temos de dar às mulheres o poder de tomar decisões sobre a possibilidade de ter filhos e quantos", ressaltou. "Os Estados Unidos vão continuar trabalhando para garantir que esses direitos sejam respeitados em acordos internacionais”, acrescentou ela.

Os direitos reprodutivos defendem que as mulheres decidam se querem ter filhos ou não, quando e com quem, sem discriminação ou violência. No entanto, muitos países vinculam esta questão com métodos anticoncepcionais e o aborto. A defesa desses direitos foi incluída em um primeiro rascunho do documento, mas foi descartada na versão final aprovada pelas delegações na última terça-feira.

A presidente brasileira, Dilma Rousseff, também defendeu os direitos reprodutivos da mulher na quinta-feira em uma minicúpula de mulheres líderes à margem da Rio+20. A ex-primeira-ministra irlandesa Mary Robinson, que pertence ao grupo de ex-líderes mundiais "The Elders", criticou no Rio de Janeiro a oposição e as pressões do Vaticano sobre o tema: "O que sabem homens solteiros sobre a vida, a saúde, e as decisões de mulheres pobres?, questionou ela em uma entrevista concedida ao jornal O Globo.

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