Homem detido no Rio recebeu R$ 1.200 pela arma vendida ao atirador

Homem detido no Rio recebeu R$ 1.200 pela arma vendida ao atirador

"Se soubesse que ele iria fazer isso, eu mesmo tinha entregado ele à polícia", declarou

Correio do Povo

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O segurança preso nesta quinta-feira por suspeita de vender o revólver calibre 38 usado no massacre de Realengo, no último dia 7, afirmou que vendeu a arma porque estava precisando de dinheiro e que não tinha ideia do que Wellington Menezes de Oliveira pretendia fazer. Ele recebeu R$ 1.200 pela arma, cerca de 60 munições e os carregadores. "Não matei ninguém. Se eu soubesse que ele iria fazer isso, eu mesmo tinha entregado ele à polícia", declarou.

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Manoel de Freitas Louvise, de 57 anos, foi denunciado pelo Ministério Público por venda ilegal de arma e acessórios. A denúncia foi aceita pela Justiça e o acusado teve a prisão preventiva decretada. Ele foi preso em casa, no bairro Jardim Ulisses, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, por agentes da Divisão de Homicídios, na manhã desta quinta-feira.

Segundo a polícia, a arma, a munição e os carregadores foram vendidos em setembro do ano passado. O segurança trabalhava na mesma empresa de Wellington e foi lá que, segundo Manoel, o atirador começou a aliciar o segurança para vender a arma.

De acordo com o Delegado Felipe Ettore, a polícia chegou até o segurança graças a um exame de metalografia, feito no Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE), que verificou a numeração mesmo estando raspada. "A arma estava registrada em nome dele. Ele não tinha porte, mas podia ter a arma em casa. Agora foi denunciado duas vezes pelo crime de comércio ilegal de arma de fogo e pode pegar de quatro a oito anos de prisão."

O segurança confessou o crime. De acordo com ele, Wellington disse que precisava da arma para defesa pessoal, uma vez que iria se mudar para Sepetiba, na zona oeste, e moraria sozinho. Como estava precisando de dinheiro para reformar um carro, Louvise aceitou fazer negócio, mas pediu que o atirador raspasse a numeração que identificava a procedência do revólver. Ele tinha a arma desde 1978.

No dia 9 de abril, a polícia prendeu dois homens em Santa Cruz, zona oeste do Rio, que confessaram terem sido os intermediários da venda da outra arma usada pelo assassino. Segundo a polícia, eles disseram em depoimento que o revólver calibre 32 foi vendido por R$ 260 e cada um teria ficado com R$ 30. Um homem conhecido como Robson, que teria ficado com os R$ 200 restantes, está sendo procurado pela polícia.

Com informações do portal R7.

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