Hospital de Campanha começa a receber pacientes na zona Sul de Porto Alegre

O primeiro hospital de campanha de Porto Alegre, montado pelo Exército, no bairro Restinga, na zona Sul da Capital, começou a receber nesta sexta-feira pacientes em tratamento contra o coronavírus. Por volta das 9h45min, um homem de 39 anos, em tratamento da Covid-19, foi o primeiro paciente a ser colocado no leito de enfermaria pelos profissionais de saúde. Os 17 leitos serão utilizados com a intenção de acomodar melhor os pacientes que chegam na emergência do Hospital Restinga e Extremo-Sul. A estrutura foi instalada no pátio da instituição de saúde. 

"Queremos desafogar a emergência. A unidade está atendendo 80 pessoas, praticamente, somente casos de coronavírus. São cerca de 201 pacientes recebendo tratamento contra a doença", ressaltou o diretor-geral do Hospital, Paulo Scolari, que ontem pela manhã acompanhou a transferência dos pacientes da emergência para o nova estrutura. Segundo ele, os 101 leitos de internação, os 20 da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e os 80 da emergência estão lotados com pacientes com coronavírus.  

Por volta das 8h, uma equipe de profissionais do hospital da Restinga e Extremo Sul e do Exército realizava os últimos ajustas na estrutura de enfermaria do hospital de campanha, como a colocação de cobertores e travesseiros, arrumação do leitos e checagem dos equipamentos. A estrutura possui no pátio da instituição de saúde possui 144 metros quadrados. Segundo Scolari, as equipes de saúde serão formadas, principalmente, por profissionais do próprio hospital - um total de 60 pessoas entre médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem. 

O diretor-geral disse que o novo espaço iria abrigar oito leitos de UTI e 12 de enfermaria, mas as unidades de terapia intensiva estão instaladas dentro do hospital Restinga. A estrutura do hospital de campanha ficou para os leitos de enfermaria. "Havendo necessidade poderemos utilizar os equipamentos de uma UTI no hospital de campanha", acrescentou. O espaço de três leitos no hospital de campanha foi utilizado para a colocação de equipamentos, por esse motivo, são 17 leitos de enfermaria. A criação do hospital partiu de uma operação conjunta entre a prefeitura de Porto Alegre, o governo do Estado e Exército, após um pedido feito pelo governador Eduardo Leite ao Comando Militar do Sul (CMS).

Transformação em UTI 

Conforme Scolari, nos últimos dias a emergência do Hospital da Restinga virou uma UTI. "O hospital de campanha é de extrema importância porque vai desafogar a unidade. O funcionamento do hospital de campanha será por tempo indeterminado e enquanto tivermos essa demanda alta decorrente da pandemia da Covid-19", explicou. As estruturas para montagem do hospital de campanha em Porto Alegre chegaram na semana passada a ao Rio Grande do Sul. O material, vindo de Manaus, foi trazido em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB). 

O hospital de campanha foi montado na frente a unidade de diagnóstico do Hospital Restinga e Extremo Sul. A estrutura é composta por três barracas, com um total de 144 metros quadrados. O Exército disponibilizou oito respiradores, 20 camas, 20 monitores, gerador de energia e sistema de ar-condicionado. O material do hospital de campanha, veio de Manaus onde estava no Hospital Militar de Área de Manaus.