Hospital de Campanha de Porto Alegre tem 100% de ocupação em leitos

Hospital de Campanha de Porto Alegre tem 100% de ocupação em leitos

Estrutura com 17 leitos foi montada para desafogar superlotação do Hospital Restinga

Cláudio Isaías

Estrutura com 17 leitos foi montada para desafogar superlotação do Hospital Restinga

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O hospital de campanha montado pelo Exército no bairro Restinga, na zona Sul de Porto Alegre, está com os 17 leitos ocupados por pacientes em tratamento contra a Covid-19. A estrutura em funcionamento desde o dia 19 de março serviu para desafogar um pouco a emergência do Hospital Restiga e Extremo-Sul que se encontra superlotada.

O diretor-geral do hospital, Paulo Scolari, informou nesta quinta-feira que a estrutura seguirá sendo utilizado para leitos de internação. "Havendo necessidade os equipamentos da UTI poderão ser usados no hospital de campanha", acrescentou. A situação do Hospital Restinga e Extremo-Sul é dramática, segundo Scolari, porque praticamente a instituição de saúde está atendendo somente casos de coronavírus. "Neste momento, estamos recebendo apenas casos de risco de morte para que possamos organizar o nosso sistema", ressaltou. Scolari informou que tanto os pacientes internados no hospital quanto na estrutura de campanha montada pelo Exército não podem receber visitas de familiares e amigos. 

Na manhã de hoje, 77 pessoas estavam na emergência do Hospital da Restinga e Extremo-Sul e 17 no Hospital de Campanha num total de 94 pacientes internados em razão da Covid-19. Deste total, 17 estavam intubados e 18 usavam a máscara de Hudson. Os leitos do primeiro hospital de campanha de Porto Alegre, montado pelo Exército, no bairro Restinga, foram criados com a intenção de acomodar melhor os pacientes que chegam na emergência do Hospital Restinga e Extremo-Sul. A estrutura de 144 metros quadrados está instalada no pátio da instituição de saúde.

O Hospital Restinga e Extremo-Sul conta com 101 leitos de internação, 20 na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e os 80 da emergência. Todas as vagas estão com pacientes com coronavírus. O hospital de campanha funciona com 60 profissionais do próprio hospital Restinga e Extremo-Sul - um total de 60 pessoas entre médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem. Além de montar a estrutura, o Exército disponibilizou oito respiradores, 17 camas, 20 monitores, gerador de energia e sistema de ar-condicionado. O material do hospital de campanha, veio de Manaus onde estava no Hospital Militar de Área de Manaus.

A criação do hospital partiu de uma operação conjunta entre a prefeitura de Porto Alegre, o governo do Estado e o Exército, após um pedido feito pelo governador Eduardo Leite ao Comando Militar do Sul (CMS).


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