Hospital de Teutônia restringe cirurgias devido crise financeira

Hospital de Teutônia restringe cirurgias devido crise financeira

Rombo da Instituição chega a R$ 1,2 milhão

Samantha Klein / Rádio Guaíba

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O Hospital Ouro Branco, de Teutônia, é o primeiro a cumprir com a promessa de restrição dos atendimentos por conta do endividamento que vem causando dificuldades em manter o pagamento de funcionários e fornecedores em dia. A partir desse domingo, as cirurgias e atendimentos eletivos estão sendo cortados e a fila de espera do SUS vai aumentar.

A meta é reduzir 150 procedimentos cirúrgicos e mil consultas eletivas por mês. A medida vai impactar moradores da cidade e região do Vale do Taquari. O setor de emergência não foi afetado.

O rombo financeiro do hospital chega a R$ 1,2 milhão por conta dos atrasos de repasses da Secretaria Estadual da Saúde desde janeiro. Além de Teutônia, o hospital de Agudo vem atrasando salários e o de Encruzilhada do Sul poderá adotar medidas de restrição de atendimento nos próximos dias.

Pior que 2015 

Conforme o vice-presidente da Federação das Santas Casas, André Lagemann, a situação das instituições está ainda pior que em 2015, quando diversos hospitais cortaram serviços e atendimentos. “A situação está muito pior porque não se tem um calendário de pagamentos de 17 programas de incentivo, os hospitais têm custos adicionais para atender a população e não têm recebido. Inviabiliza a prestação normal de serviços aos pacientes”, lamenta.

Na metade do mês, uma reunião em defesa das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos, na Assembleia Legislativa, pressionou o governo gaúcho a quitar repasses atrasados. Foi exposto o endividamento que chega a R$ 1,4 bilhão entre as cerca de 250 instituições do tipo no Rio Grande do Sul.

Parlamentares e representantes dos hospitais e dos trabalhadores entregaram, na Casa Civil, a chamada “Carta de Socorro” ao secretário Márcio Biolchi. O grupo deu prazo até 1º de maio para que o governo estadual apresente um calendário de pagamento dos valores em atraso desde janeiro, sob pena de o atendimento eletivo ser suspenso. Porém, o governo não se pronunciou sobre o problema até o momento.

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