Hospital Nossa Senhora da Conceição soma duas novas mortes e 166 contaminados por surto de Covid

Hospital Nossa Senhora da Conceição soma duas novas mortes e 166 contaminados por surto de Covid

Agora já são 22 óbitos entre os pacientes da instituição de Porto Alegre

André Malinoski

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O boletim divulgado nesta sexta-feira pelo Hospital Nossa Senhora da Conceição, de Porto Alegre, trouxe mais duas mortes, totalizando 22 óbitos entre os pacientes, e o número de 166 pessoas contaminadas pelo surto de Covid-19 até o momento. Um dos mortos é um homem, 61 anos, residente da Capital, sem vacinação. O paciente, que não baixou na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), tinha infecção urinária, trombose venosa profunda e câncer de próstata com metástase. O outro óbito trata-se de uma mulher, 77 anos, moradora de Gravataí, com as duas doses da vacina recebida e portadora de diversas comorbidades. A vítima esteve internada na UTI.

A situação atual apresenta 94 pacientes infectados. Além dos óbitos, 25 estão em enfermarias, nove recebem cuidados na UTI e 38 tiveram alta. Receberam a segunda dose da vacina um total de 60, o que representa 63,8%. “Chegando na terceira semana do surto, temos oito áreas controladas e com o surto encerrado. Temos ainda cinco áreas com o surto em atividade e devemos encerrar o problema nestas unidades na próxima semana. Outro ponto a ser ressaltado é que foram feitos mais de 1,4 mil testes em profissionais de saúde. Tivemos 65 com resultado positivo e sem necessidade de internação em UTI. Mais da metade dos profissionais já retornou ao trabalho”, explicou o diretor-presidente do GHC, Cláudio Oliveira.

Entre os funcionários, dos 72 contaminados 53 já retornaram ao trabalho, 15 permanecem em isolamento domiciliar, um está hospitalizado e os demais tiveram alta ou estão voltando ao serviço. Um total de 61 profissionais recebeu a segunda dose da vacina, 84,7%. A instituição informou na terça-feira passada que o surto estava controlado.

O Hospital de Clínicas tem o surto sob controle desde 10 de agosto. Oito funcionários de uma área administrativa de gestão de pessoas testaram positivo, tiveram sintomas leves e retornaram ao trabalho. As medidas adotadas pelo hospital contribuíram para o sucesso. “Conseguimos combater o surto devido a um conjunto de fatores que formou o resultado final”, disse o chefe do Serviço de Medicina Ocupacional (SMO), Fábio Dantas Filho. “Acompanhamos os resultados dos testes dos funcionários muito rapidamente. Testamos e já comunicamos para os profissionais iniciarem o isolamento imediatamente. As chefias dos setores inclusive incentivaram para que os funcionários comunicassem se estivessem sentindo qualquer sintoma”, completou.

O profissional ainda enumerou outros fatores, como a saída dos funcionários positivados da área infectada, o mapeamento prévio dos casos confirmados e suspeitos pelas lideranças do setor, a ampliação do distanciamento entre as pessoas, o envio de quem não tinha trabalho essencial para atuar de maneira remota, mesmo que não tivesse nenhum sintoma; a troca de máscaras de tecido por cirúrgicas em todos que atendiam ao público e o monitoramento constante para ver se as pessoas estavam usando máscara e respeitando o distanciamento social. “Um ponto muito importante foi a adesão dos funcionários, que são 96 na área. Também evitamos o que chamamos de ‘quebra de barreira’, que é o profissional baixar a máscara em situação sem necessidade”, finalizou Fábio.

Por sua vez, o Hospital Vila Nova permanece com quatro pacientes internados na unidade 6. Na unidade 1 não há mais internações. O surto também está controlado na instituição. “Temos quatro pacientes internados sem gravidade em uma das unidades. Seguimos mantendo algumas condutas e restrições observando o cenário dos próximos dias e considerando a nova variante com transmissão comunitária na cidade”, relatou o enfermeiro e coordenador do Controle de Infecção do Hospital Vila Nova, Darlan da Rosa.


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