Ibama atesta balneabilidade da região de Tramandaí

Ibama atesta balneabilidade da região de Tramandaí

Mesmo sem necessidade de restrições, pescadores suspenderam atividades no local

Karina Reif / Correio do Povo

Mesmo sem necessidade de restrições, pescadores suspenderam atividades no local

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O superintendente regional do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), João Pessoa Moreira, afirmou que não há motivo para não se pescar na região de Tramandaí, onde um vazamento de óleo interditou a praia na semana passada. “A Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) comprovou a balneabilidade. Se não há problemas para as pessoas, não há para os peixes. O Centro de Estudos Costeiros, Limnológicos e Marinhos (Ceclimar) também fez um laudo que não detectou morte de animais por causa do óleo”, explicou.

Moreira informou que o Ibama, a Fepam e a Marinha seguem reunindo informações para o laudo técnico sobre os possíveis danos causados ao meio ambiente. A Transpetro pode receber uma multa de R$ 5 mil a R$ 50 milhões por cauda do acidente. Desde o vazamento de óleo da Transpetro, na quinta-feira da semana passada, porém, 3,5 mil trabalhadores representados pelo Fórum suspenderam a pesca por precaução. Eles estão preocupados com a qualidade do pescado.

“O volume tem diminuído, e o nosso receio é com o impacto futuro”, falou o presidente da entidade, Valdomiro Hoffmann. “O canal de Tramandaí liga os lagos de Torres a Palmares. As larvas de peixes e de camarões podem não se criar no local em razão da contaminação”, disse.

O Fórum da Pesca do Litoral Norte entrou com uma ação pública no Ministério Público do Estado (MPE), na manhã desta sexta-feira, em Capão da Canoa, para denunciar os danos ambientais causados pelo vazamento de óleo da Transpetro em Tramandaí e para cobrar uma indenização aos trabalhadores da área.

Segundo o assessor técnico da Associação de Pescadores do Litoral Norte, o biólogo Fernando Campani, os prejuízos não são só para a pesca, mas também para o turismo e para o comércio. “Esse não foi o primeiro desastre e não vai ser o último. Por isso, estamos pedindo também uma revisão da política de licenciamento das empresas de armazenamento e de transporte de combustível”, explicou.


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