Ibama autoriza início de obras de usina térmica a carvão no RS
Há nove anos, o governo não contratava usinas alimentadas por carvão mineral, por causa de seus impactos ambientais
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Pampa Sul tem previsão de iniciar operação em janeiro de 2019. Ao todo, o projeto da empresa é estimado em até R$ 1,9 bilhão, com aplicação de R$ 1 bilhão em equipamentos nacionais e R$ 900 milhões em importação. A geração de empregos diretos é estimada em 1.848 vagas no segundo ano de instalação, quando a usina deve estar no auge das obras. Outros 8 mil empregos indiretos devem ser gerados.
A Tractebel Energia, empresa do grupo GDF Suez, venceu o leilão de energia para construção da térmica em novembro do ano passado. Com 340 megawatts (MW) de capacidade instalada, a nova usina equivale a mais de 20% da energia gerada pelas 13 térmicas a carvão atualmente em operação, responsáveis por um total de 3.389 MW de potência.
Pampa Sul vai usar carvão mineral extraído da jazida de Candiota. No processo de queima do combustível, esse carvão é queimado com calcário e areia, para reduzir gases poluentes. O projeto prevê a construção de dois reservatórios para captação de água no Rio Jaguarão, em Candiota. A térmica será conectada ao Sistema Interligado Nacional (SIN), por meio de uma linha de transmissão já existente, na cidade de Bagé.
O carvão mineral é o combustível utilizado para gerar 40% da energia no mundo. No Brasil, sua participação na matriz energética é pequena, de apenas 1,4% da energia gerada.