Ibama libera a pesca do camarão no Litoral Norte do Estado

Ibama libera a pesca do camarão no Litoral Norte do Estado

Encerramento da temporada está previsto para o dia 21 de junho

Correio do Povo

Paulo Moraes, pescador de Tramandaí: Ano passado não tinha nada

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 Após o camarão atingir um tamanho mínimo, o Ibama liberou a pesca no Litoral Norte do Estado. O encerramento da temporada está previsto para o dia 21 de junho. O coordenador da divisão técnica do Ibama, Kuriakin Toscan, explicou que uma instrução normativa do Ministério do Meio Ambiente estipula que o crustáceo tenha 9 cm para que ocorra a pesca. “Isso é para garantir a sustentabilidade da espécie e a reprodução do animal”, explicou. Com base em amostras coletadas nos últimos dias, foi possível autorizar o trabalho em Tramandaí e em Imbé, onde basicamente é realizada a pesca do camarão rosa na região.

Por enquanto, a quantidade está muito abaixo do esperado. Por noite, cada pescador retira da lagoa Tramandaí de 3 a 10 quilos de camarão, enquanto que em uma safra boa, o volume poderia variar de 40 a 100 quilos. “A tendência é aumentar o tamanho e a quantidade, mas o nosso azar é que normalmente isso acontece quando os turistas já foram embora”, lamentou o presidente do Sindicato dos Pescadores de Tramandaí, Dilton Cardoso. O crustáceo com casca é vendido por cerca de R$ 10 pelo pescador e o descascado por aproximadamente R$ 28. Contudo, quando acabar o veraneio o preço deve baixar. “De 500 a mil pessoas sobrevivem da pesca na nossa região e a safra do camarão é mais esperada, porque o preço é mais alto”, disse. Como a safra também começou em baixa no Sul do Estado, o valor do camarão havia subido nas peixarias. Alguns estabelecimentos estão comprando o produto de Santa Catarina e até do Ceará para suprir a demanda.

Toscan destacou que, no Sul do Estado, e também na Costa Doce, a chuva prejudicou o desenvolvimento do camarão. Como a água da Lagoa dos Patos, em Rio Grande, e da Lagoa do Peixe, em Mostardas e Tavares, ficou menos salgada, o crustáceo é encontrado em menor quantidade. A situação é semelhante no Litoral Norte. Outros fatores que prejudicam a espécie são a pesca predatória e a poluição. Segundo o especialista rural do Escritório da Emater em Rio Grande Marcelo Monteiro da Cunha de Souza, este é o segundo ano seguido de baixa na safra.

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