IBGE dá início à coleta domiciliar do Censo 2022

IBGE dá início à coleta domiciliar do Censo 2022

Em Porto Alegre, recenseadores participaram de solenidade no Largo Glênio Peres, no Centro Histórico

Felipe Samuel

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Com dois anos de atraso, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) deu início nesta segunda-feira à coleta domiciliar do Censo Demográfico 2022. No Rio Grande do Sul, o Largo Glênio Peres, no Centro Histórico da Capital, foi o local escolhido para a largada do Censo 2022, que vai contar com dois tipos de questionário: o básico, com 26 perguntas, e o ampliado, com 77 perguntas. No Estado, a estimativa é de mais de 4 milhões de domicílios visitados por 11,2 mil recenseadores até o final do ano.

Por conta da pandemia e da falta de recursos do governo federal, a realização do Censo foi adiada por dois anos. De acordo com o coordenador operacional do IBGE no RS, Luís Eduardo Azevedo Puchalski, a retomada do trabalho de campo dos recenseadores é essencial para orientar políticas públicas no país. “É uma data especial. A gente espera concluir esse período de coleta até o final desse ano para poder fornecer para a sociedade esses dados que são fundamentais para o diagnóstico da situação da população nos dias de hoje comparando com o Censo de 2010 e com Censos anteriores”, destaca.

Além do planejamento em áreas como saúde e transporte, Puchalski reforça que as informações também são utilizadas pela iniciativa privada. “A gente viu recentemente o quanto essa informação é importante quando a gente precisou distribuir as vacinas quando começaram a chegar ao país”, completa. Ele explica que os dados coletados pelo IBGE permitem, entre outras coisas, fazer um diagnóstico de como a população vive e verificar a taxa de analfabetismo. “É fundamental para avaliar as políticas públicas que vêm sendo implementadas para acabar com o analfabetismo no Brasil”, afirma.

No país, a maioria da população vai responder ao questionário básico com 26 perguntas. “Porto Alegre, o maior município do estado, cerca de 5% dos domicílios respondem ao questionário da amostra. Portanto 95% vão responder ao questionário básico, que é mais rápido, com menor quantidade de perguntas. Já municípios menores podem chegar até 50% de básico e 50% de amostra”, ressalta. Conforme Puchalski, o questionário básico leva em média cinco minutos. O ampliado leva até 20 minutos para ser respondido. 

E para o sucesso do Censo 2022, ele pede a colaboração da população. “É importantíssimo que as pessoas respondam. Precisamos saber qual é o tamanho da população, como ela se distribui no território”, observa, acrescentando que os profissionais vão estar uniformizados com a identificação do IBGE. “As pessoas sempre questionam por que precisam responder ao IBGE”, observa. Chefe da Unidade Estadual do IBGE, José Renato Braga de Almeida reforça que os dados são utilizados para fins estatísticos. 

“Vai ajudar municípios e o Estado a criar políticas públicas conhecendo o seu estado, conhecendo a sua região, o que hoje é fundamental. Sem números fica muito difícil algum governante fazer os seus planejamentos”, completa. Nos próximos três meses, os recenseadores do IBGE visitarão 89 milhões de endereços no país, sendo 75 milhões de domicílios. A estimativa é de que sejam contabilizados cerca de 215 milhões de pessoas. 


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