Idosos representam 30% das vítimas de atropelamento

Idosos representam 30% das vítimas de atropelamento

Detran-RS divulgou pesquisa que registra 4.226 pedestres mortos no trânsito de janeiro a junho

Correio do Povo

Detran-RS divulgou pesquisa que registra 4.226 pedestres mortos no trânsito de janeiro a junho

publicidade

O Detran-RS divulgou nessa terça-feira, marcada internacionalmente como o Dia do Pedestre, levantamento apontando que os idosos com idade acima de 65 anos são as principais vítimas do trânsito no Rio Grande do Sul, uma vez que representam 30% do total de mortos em atropelamentos. Os dados ainda apontam que 4.226 pedestres foram vitimados, de janeiro a junho.

Nesse período, morreram 679 pedestres entre 65 e 74 anos e 601 com mais de 75. As crianças de até 10 anos também demandam atenção 200 morreram entre 2007 e 2017. As mulheres, que são cerca de 20% das vítimas no trânsito, nesse intervalo representam 33% das mortes.

Mais da metade dos atropelamentos (2.314) aconteceram em vias municipais. Distribuídos proporcionalmente entre os dias da semana, há uma incidência pouco maior nas sextas-feiras, sábados e domingos. O turno da noite, a partir das 18h30min, concentra a maioria das ocorrências (cerca de 45%). Os veículos que se envolvem mais em acidentes com pedestres são automóveis (39%), seguidos de motos e motonetas (17%) e caminhões (13%).

A análise dos acidentes no intervalo de 2010 a 2016 mostra que a localidade com maior número de atropelamentos fatais foi a RS 040, em Viamão, com 75 mortes. O segundo ponto é a BR 290, em Porto Alegre, com 41 atropelamentos. Na sequência está a BR 392, em Rio Grande, com 29 mortes, seguida da avenida Dorival Cândido Luz de Oliveira, em Gravataí, e da avenida Assis Brasil, na Capital, ambas com 24 atropelamentos com morte.

A Escola Pública de Trânsito do Detran-RS promove uma série de ações de educação, especialmente para a qualificação de professores de Ensino Fundamental e à formação de multiplicadores em educação no trânsito para o pedestre idoso. O Curso de Educação para Pedestre está na 14ª edição e qualificou 265 professores.

Para o diretor-geral do Detran-RS, Ildo Mário Szinvelski, os benefícios do chamado deslocamento ativo estendem-se para além da saúde física. Passam pela saúde mental, qualidade de vida, sociabilidade e uma relação mais próxima com a própria cidade. “Por isso, é importante além de educar pedestres e motoristas cuidar da infraestrutura. Calçadas melhores, tempos adequados em semáforos, faixas de pedestre em bom estado são chamarizes para os pedestres ocuparem as ruas”, explicou.

Julho teve 46% menos mortes em Porto Alegre


Uma boa notícia na circulação da cidade. O mês de julho finalizou com menos 46% nas mortes no trânsito da Capital na comparação com o mesmo período do ano passado. Foram registradas sete mortes contra 13 em julho de 2016. Os números apontam menos 14% em acidentes (redução de 1.182 para 1.012); menos 3% em feridos (498 para 480); menos 80% em mortes de motociclistas (5 para 1). O total de mortes por atropelamentos permaneceu o mesmo (5). Os dados são da Coordenação de Informações de Trânsito da EPTC.

Na comparação entre os sete primeiros meses deste ano e o mesmo período de 2016, houve redução de 13% em acidentes (8.072 para 6.993); menos 15% em feridos (3.591 para 3.050). O número de mortes ainda prossegue mais elevado (7%) em relação ao ano passado (51 para 55). No conjunto de 55 casos fatais, 20 envolveram motociclistas e, em 29, pedestres estiveram relacionados a atropelamentos.

O diretor-presidente da EPTC, Marcelo Soletti, afirma que as ações preventivas prosseguem em fiscalização e educação, além das medidas em engenharia de tráfego. “Nossa meta é reduzir a violência, com apoio de toda a sociedade, e comemorar a preservação da vida no final do ano.”

Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895