Incidência de SRAG em crianças segue alta no Brasil, diz Fiocruz
Já em adultos, número de casos envolvendo Síndrome Respiratória Aguda Grave tem diminuído levando em consideração últimas seis semanas
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A incidência de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em crianças mantém sinal de ascensão significativa em diversos estados brasileiros desde fevereiro, de acordo com balanço divulgado nessa quarta-feira pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Mesmo em patamar elevado, a Fundação ressalta que os números apresentam sinais de formação de platô (estabilidade).
A análise indica o predomínio de casos associados ao vírus sincicial respiratório (VSR) na faixa etária 0 a 4 anos; e de rinovírus e Sars-CoV-2 (Covid-19) na faixa de 5 a 11 anos, além de outros vírus respiratórios como o VSR em menor intensidade.
Na população em geral, a curva nacional de SRAG mantém sinal de queda na tendência de longo prazo (últimas seis semanas), porém com sinal de estabilidade na tendência de curto prazo (últimas três semanas), consolidando sinal de estabilização em patamar de 2,1 casos semanais por 100 mil habitantes (estimativa de 4,4 [3,8 – 5,1] mil casos na semana 14).
O boletim da Fiocruz aponta que nove das 27 unidades federativas apresentam sinal de crescimento na tendência de longo prazo até a semana epidemiológica 14: Acre, Amapá, Espírito Santo, Maranhão, Piauí, Paraná, Roraima, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Alagoas, Amazonas, Ceará, Goiás, Minas Gerais, Rondônia e Sergipe apontam queda na tendência de longo prazo, enquanto as demais apresentam sinal de estabilidade.
Em todas as localidades que apresentam algum sinal de crescimento, os dados por faixa etária sugerem tratar-se de cenário restrito à população infantil (0 a 11 anos), fator que se mantém desde fevereiro.