Indiciados empresários e arquiteto pela demolição da Agapan

A Delegacia do Meio Ambiente concluiu, nesta sexta-feira, o inquérito sobre a demolição da sede da Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (Agapan), em Porto Alegre, no dia 6 de junho. A delegada responsável, Elisângela Reghelin, indiciou o casal de empresários que obteve o alvará provisório da Secretaria da Produção, Indústria e Comércio (Smic) para abrir uma pizzaria no local, além do arquiteto contratado por eles para demolir o galpão de madeira.

O casal é suspeito de dano qualificado, falsidade ideologica, tentativa de estelionato e esbulho possessório (quando um bem é tomado do dono de forma violenta). Já o arquiteto foi indiciado por esbulho possessório e como co-autor do crime de dano qualificado.

Para a delegada, os servidores da Smic que concederam o alvará provisório foram induzidos ao erro, por terem como base uma lei municipal permissiva e acessado um banco de dados desabastecido. Elisângela vai encaminhar ao prefeito José Fortunati uma cópia das conclusões da investigação como sugestão para que sejam estudadas melhorias na lei municipal e no sistema de cadastro dos imóveis.

O titular da Smic, Valter Nagelstein, protocolou uma notícia crime no Ministério Público com os resultados da sindicância interna realizada na secretaria. O objetivo é que o material seja anexado ao inquérito da polícia.