Insights do Grupo Record aborda diferenciais do cooperativismo

Insights do Grupo Record aborda diferenciais do cooperativismo

Live com mediação do diretor comercial da Record TV também foi transmitida nas plataformas virtuais do Correio do Povo e Rádio Guaíba

Correio do Povo

Tema do debate foi o cooperativismo

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Se fortalecer na dificuldade, como muitas cooperativas já fizeram, criando soluções para o futuro. Em mais uma edição do evento on-line Insights, promovido pelo Grupo Record RS, o convidado foi o vice-presidente da Central Sicredi Sul/Sudeste, Márcio Port. A live, com mediação do diretor Comercial da Record TV RS, Carlos Toiller, foi transmitida nas plataformas virtuais do jornal Correio do Povo, da Rádio Guaíba e da Record TV RS. 

O tema abordado foi “Cooperativismo: Desafios e Oportunidades”. Segundo o presidente do Grupo Record, Carlos Alves, os que não se prepararam ou se reinventaram para este momento de crise, terão mais dificuldades para se recuperar. “Nosso convidado, pelo currículo e experiência até aqui, enfrentou muitos desafios e soube aproveitar cada oportunidade”, enfatizou. Port começou sua fala lembrando uma pergunta que ouviu de um aluno sobre a história do Sicredi: “Quais são os maiores concorrentes?” A melhor resposta, veio de bate-pronto, de um associado de nova Petrópolis: “O desconhecimento”. Uma cooperativa, conforme o palestrante, “é fazermos nós mesmos, ao invés de pagar outros que fariam por nós com o objetivo de lucro”.

Port lembra que todas as pessoas precisam de uma instituição financeira, seja para empréstimos, seguros ou consórcios. “Mas, podemos ser os donos desta instituição? A cooperativa surge como alternativa em que somos todos sócios, em vez de sermos um mero número em um banco”, explica. Em slides, foram apresentados os princípios do cooperativismo, entre eles, gestão democrática, participação econômica e interesse pela comunidade. A história, com a primeira cooperativa de consumo na Inglaterra até a chegada no Brasil também foi mostrada. “França representa 60% das unidades, Holanda, 40%, e Itália, 35%. Nosso país tem 6% do mercado em cooperativas”, relatou.

No Brasil, 864 cooperativas se dividem em mais de 8 mil pontos de atendimento a 12 milhões de associados. “É maior rede de atendimento no país”, diz Port. No Rio Grande do Sul, são 2,3 milhões. Atualmente, há cinco cooperativas gaúchas centenárias: Nova Petrópolis (a mais antiga), Lajeado, Santa Rosa, Santa Maria e Santa Cruz do Sul. O vice-presidente da Central Sicredi Sul/Sudeste acrescenta que a maior fidelização de sócios vem do interior do Brasil. “Nas cidades pequenas, todos se conhecem. Se há bom atendimento, a propaganda boca a boca funciona bem. No RS, 40% da população adulta que reside em municípios de menos de 100 mil habitantes está associada ao Sicredi”, informa.

Para Port, o diferencial de uma cooperativa é a relação entre instituição e as pessoas. “Tecnologia e produtos, bancos similares A, B ou C têm. Mas relacionamento não pode ser copiado. As cooperativas não têm sócios. São os sócios que têm uma cooperativa”, salienta. Os recursos, segundo ele, são investidos na mesma região. “Se é captado na região Serra gaúcha, o empréstimo é para a Serra gaúcha. O crédito é o motor de uma economia”. O cooperativista também ressaltou o interesse deste modelo em apoiar as iniciativas locais. “Em 25 anos, foram impactadas 3 milhões de crianças e adolescentes e mais de 100 mil educadores”, relatou. 

Algumas cooperativas destinam percentuais das sobras para apoiar projetos culturais, educacionais e esportivos. “Em 2019, no Brasil, o Sicredi apresentou mais de R$ 3 milhões de sobras, dos quais 42% foram devolvidos aos associados”, explicou Port, que encerrou dizendo que o principal diferencial do cooperativismo é “permitir que as comunidades se desenvolvam a partir das próprias riquezas”.


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