Instalação de câmeras e GPS em toda frota dos ônibus só deve ficar pronta em 2019

Instalação de câmeras e GPS em toda frota dos ônibus só deve ficar pronta em 2019

Conselho Municipal de Transportes Urbanos dará parecer sobre nova tarifa nesta sexta-feira

Franceli Stefani

Marchezan falou sobre as queixas da comunidade a respeito do transporte público

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As melhorias do transporte público de Porto Alegre ainda estão longe de serem concretizadas. A implantação das câmeras de segurança, com reconhecimento facial na bilhetagem para as gratuidades e os GPSs nos carros fazem parte de um pacote de incrementos no serviço. O prefeito Nelson Marchezan Júnior disse que o intuito era de que as ações entrassem em funcionamento até o fim do ano, porém, admitiu que a implantação avançará até o primeiro semestre do próximo ano.

Dessa maneira o cidadão poderá saber que horas ele vai poder pegar seu veículo. Só vai se deslocar até a parada alguns minutos antes. Para isso ele poderá acompanhas o andamento por um aplicativo de telefone e monitorar o número de coletivos à disposição”, frisou.

Além disso, segundo o prefeito, melhorará a fiscalização das fraudes, dará mais conforto e segurança.” Ele também falou sobre as queixas da comunidade, sobre a falta de veículos novos, limpeza, falta de ônibus, a qualidade e o não cumprimento de horário.

“Nós aumentamos mais de 100% as multas nas empresas. Precisamos diminuir a gratuidade para que elas se viabilizem e consigam cumprir suas obrigações.” Atualmente, a prefeitura primeiro multa, depois envia uma advertência e, em caso extremo, pode até mesmo pedir o cancelamento da licitação, o que até o momento não aconteceu.

Nova tarifa

Paralelo a isso, o Conselho Municipal de Transportes Urbanos (Comtu) emite nesta sexta-feira parecer sobre o reajuste da nova tarifa das passagens de ônibus da Capital. O encontro está previsto para iniciar às 10h, no Auditório da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC).

No parecer, a prefeitura solicitou ainda para que o Conselho analisasse projetos de lei encaminhados à Câmara de Vereadores. De acordo com o Executivo, caso sejam aprovados a passagem variaria entre R$ 4 e R$ 4,25. O Comtu poderá recomendar que os descontos sejam aplicados imediatamente após a aprovação no Legislativo. Já o Sindicato das Empresas de Ônibus de Porto Alegre (Seopa) solicitou à EPTC, em 16 de fevereiro, que a tarifa de ônibus passasse de R$ 4,05 para R$ 4,54 – alegando o aumento do preço do combustível e a redução do número de usuários.

O presidente do conselho, Jaires da Silva Maciel, diz que o processo foi analisado por todos os integrantes. No documento, está proposto o aumento de 11%, que elevaria o valor da passagem de R$ 4,05 para R$ 4,50. Também é analisado o corte de alguns benefícios, como a retomada da cobrança de 50% na segunda viagem de ônibus, isso faria a tarifa ficar R$ 4,30.

A respeito da nova tarifa, Marchezan explicou que, enquanto vigorar a atual licitação, o procedimento será feito. “É feita uma análise do valor das passagens, quantos quilômetros são rodados, o número de linhas e custo disso. A partir daí se pega o custo das despesas, da tributação, para que todos esses serviços sejam entregues e divididos para os usuários pagantes”, detalhou.

Ele afirmou que pode reorganizar as linhas da Capital, além disso, reavaliar as isenções. “Temos o maior número de usuários não pagantes. Quem usa, paga por essas pessoas também”, afirmou.

O critério de justiça deve ser levado em consideração, segundo Marchezan, que explicou que para que o valor final do bilhete possa ter uma redução é preciso fazer uma análise das gratuidades. “Hoje tem a meia passagem para estudantes, filhos de pessoas com situações financeiras mais favorecidas é justo que tenham meia passagem também? Critério econômico deve ser ponderado, quando a sua família tiver receita acima de três salários-mínimos”, informou. Ele falou sobre os idosos, que hoje estão isentos a partir dos 60 anos, sendo que o critério nacional é 65.

Conforme ele, a expectativa para o futuro é de que não haja passagens pagas com dinheiros nos ônibus: “Queremos que elas sejam com o cartão Tri ou em outro formato para melhorar a segurança do usuário e de quem trabalha com ele.” 

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