Internações em UTIs seguem estáveis em Porto Alegre

Internações em UTIs seguem estáveis em Porto Alegre

Diagnósticos positivos de Covid-19 representam 48% dos leitos ocupados

Felipe Samuel

Ocupação de UTIs segue na casa dos 88%

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Com 745 pacientes em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) na Capital, de um total de 849 leitos, as internações em leitos de UTI se mantiveram estáveis até início da noite desta segunda-feira e registraram 88,8% de ocupação. Do total de enfermos, 333 testaram positivo e outros 30 eram suspeitos de contrair o novo coronavírus. Somados, eles representavam 48,7% das internações. Os hospitais Moinhos de Vento, Vila Nova e Femina operavam com capacidade máxima.

Outros hospitais também apresentavam índice de internações superior a 90% nas UTIs: Mãe de Deus (95%), Restinga (95%), Cristo Redentor (94,87%) e Nossa Senhora da Conceição (94,67%). Mesmo com a estabilização das internações durante os últimos dias, o diretor-presidente do Grupo Hospitalar Conceição (GHC), Cláudio Oliveira, afirma que a expectativa para este mês é de redução nas internações. "Não registramos aumento de procura nas emergências. Esperamos que no mês de setembro tenha queda de ocupação de leitos de UTI", projeta.

Apesar da estabilização dos últimos dias, Oliveira ressalta que a população precisa manter os hábitos de higiene e seguir as recomendações das autoridades de saúde, como uso de máscara de proteção, álcool em gel e evitar aglomeração. "Estamos convivendo com o vírus. Até termos uma vacina, a população vai ter que seguir sempre os protocolos sanitários. E mesmo que tenha diminuição das internações, vamos continuar com leitos disponíveis para Covid-19 até a produção de uma vacina", explica.

A retomada das aulas em alguns municípios também deixa as autoridades de saúde em alerta. Oliveira observa que 40% dos pacientes internados no Conceição são moradores da Região Metropolitana, como Alvorada e Viamão, e de outros municípios. "O retorno das aulas nos Estados Unidos, por exemplo, teve impacto e muitos estados registraram aumento do número de casos de Covid-19. Se as escolas decidirem retomar as aulas será preciso atenção quanto às medidas de segurança e de higiene", conclui.


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