Irmão de uma das vítimas na ERS 030 contraria versão do motorista
Testemunha disse que ônibus estava atrasado
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O veículo da Unesul saiu pontualmente da Estação Rodoviária de Porto Alegre, às 12h, conforme a Veppo, administradora do terminal. A previsão de chegada em Tramandaí era 15h15min. A empresa de ônibus foi procurada pela reportagem, mas até o início da tarde não havia informado se o coletivo estava atrasado.
“Quando liguei para a minha irmã, comecei a ouvir os gritos”, disse Ferreira. Ele e o marido da vítima saíram de Glorinha e percorreram a ERS 030 até encontrar o ônibus tombado na estrada. “Estavam todos machucados, mas não quis tentar tirar ninguém, porque fiquei com medo fazer um procedimento errado. Então fiquei próximo acompanhando o trabalho de socorro”, contou o pedreiro.
Teresinha era dona de casa e havia ido para Gravataí na tarde de terça-feira para resolver assuntos pessoais. Ela morava em Glorinha com marido Joel, tinha três filhas e um neto de dois anos. “A última vez que vi minha mãe, ela estava feliz, cheia de planos”, relatou uma das filhas, Gisele, 27 anos. As irmãs dela, Gislaine e Gésia, de 32 e 24, acompanharam todo o velório, no Cemitério Municipal de Gravataí, muito emocionadas. Ambas não conseguiram falar com a imprensa.
A cunhada Iara Ferreira, 53 anos, salientou que Teresinha costumava se deslocar de moto, mas, como a estrada é perigosa, preferiu pegar um ônibus. “A dor é muito grande. Ela era uma pessoa correta, gostava de viver”, declarou, dizendo que espera que o motorista do coletivo seja responsabilizado.