Júri de bancário que atropelou ciclistas começa nesta quarta-feira

Júri de bancário que atropelou ciclistas começa nesta quarta-feira

Ricardo José Neis é acusado de atropelar 17 ciclistas no bairro Cidade Baixa em 2011

Correio do Povo

Ciclistas do movimento Massa Crítica foram atingidos pelo automóvel Golf dirigido pelo bancário

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O julgamento do bancário Ricardo José Neis, acusado de atropelar 17 ciclistas em 2011, no bairro Cidade Baixa, em Porto Alegre, acontece nesta quarta-feira na 1ª Vara do Júri, no Foro Central I. A sessão será presidida pelo juiz de Direito Maurício Ramires. Atuarão na acusação os promotores de Justiça Eugênio Paes Amorim e Lúcia Helena de Lima Callegari. A defesa do réu será realizada pelo advogado Manoel Pedro Silveira Castanheira. Caberá ao Tribunal do Júri decidir se o bancário é culpado pelas acusações de tentativa de homicídio e de lesão corporal. Estas foram apresentadas pelo Ministério Público. Neis aguarda o julgamento em liberdade.

O atropelamento ocorreu por volta das 19h de 25 de fevereiro de 2011. Ciclistas do movimento Massa Crítica, que costumam pedalar pelas ruas de Porto Alegre divulgando a bicicleta como meio de transporte, foram atingidos pelo automóvel Golf dirigido pelo bancário. Ele teria ficado irritado por ter a passagem bloqueada pelo grupo. Nesse instante, teria jogado o carro para cima dos ciclistas, sendo que 16 foram atingidos. As imagens do atropelamento correram o mundo.

A prisão preventiva do bancário foi decretada em 2 de março de 2011. A liberdade provisória de Neis foi concedida em 7 de abril do mesmo ano. O réu recorreu ao Tribunal de Justiça do RS da sentença que determinou que ele fosse julgado pelo Tribunal do Júri. O TJ, no entanto, manteve a decisão de primeira instância. A defesa do bancário, então, recorreu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). O recurso permaneceu na instância superior por um ano e meio. Em 2015, o processo retornou para a 1ª Vara do Júri de Porto Alegre. Foram realizadas várias diligências a pedido do Ministério Público e da defesa de Ricardo José Neis.

O processo, que foi considerado de relevância social, passou a ser acompanhado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e pela Corregedoria-Geral da Justiça do Rio Grande do Sul (CGJ) em fevereiro deste ano. O objetivo da medida, tomada pela CGJ em conjunto com o juiz Maurício Ramires, foi conferir maior rapidez na tramitação do processo, dentro dos limites impostos pela legislação.

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