Juíza aguarda laudo para que casamento ocorra sábado em CTG

A juíza Carine Labres pretende que o casamento de Solange Ramires e Sabriny Benitez ocorra no Centro de Tradições Gaúcha (CTG) Sentinelas do Planalto, em Santana do Livramento, neste sábado, como estava programado antes do incêndio que atingiu o local nessa madrugada. Ela concedeu entrevista coletiva no começo da tarde após reunião com a Brigada Militar (BM) e disse que aguarda apenas por laudos do Corpo de Bombeiros e do Instituto Geral de Perícias (IGP) para ter certeza de que o galpão não tem risco de queda.

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“Infelizmente, o incêndio aconteceu apesar de todas as medidas preventivas que foram adotadas. Nós vamos trabalhar agora para ajudar a reerguer o CTG a fim de que o casamento coletivo aconteça no sábado dia 13, às 16h, como está programado”, afirmou a juíza Carine Labres.

“Não posso ser irresponsável de abrir as portas do CTG sem ter a certeza de que o local não corre risco de desabamento. Por isso pedi o parecer do Corpo de Bombeiros e do Instituto Geral de Perícias (IGP) sobre as condições do local”, completou.

Na reunião com a Brigada Militar, a juíza pediu reforço para que a cerimônia possa ocorrer em segurança. Carine Labres ainda pediu apoio da população de Santana do Livramento para que a reconstrução do CTG ocorra em tempo. “Peço para que toda a comunidade de Santana do Livramento ajude. Precisamos da ajuda para que a gente tenha a estrutura física para reerguer o CTG em tempo recorde. Assim vamos mostrar que a população da Santana do Livramento não é discriminatória”, encerrou.

Secretaria da Justiça divulga nota de repúdio a incêndio em CTG:

A Secretaria da Justiça e dos Direitos Humanos do Rio Grande do Sul divulgou na manhã desta quinta-feira uma nota a respeito do incêndio que atingiu o CTG Sentinelas do Planalto. Confira:

“A Secretaria da Justiça e dos Direitos Humanos do Rio Grande do Sul repudia a atitude homofóbica de um pequeno grupo de pessoas da cidade de Santana do Livramento, na Fronteira Oeste do Estado, frente à união matrimonial coletiva que ocorreria no Centro de Tradição Gaúcha (CTG) Sentinelas do Planalto.

Para a secretária Juçara Dutra Vieira e a coordenadora da Diversidade Sexual, Marina Reidel, fica claro que a atitude configura-se em um crime de homofobia, pois havia um casal homossexual que participaria da cerimônia.

A atitude de atear fogo no local do evento prova que a população LGBT ainda não é aceita em vários espaços da sociedade brasileira e gaúcha. Porém a Secretaria continua trabalhando em prol dos direitos humanos da população LGBT”.