Justiça condena PMs por massacre no Carandiru

Justiça condena PMs por massacre no Carandiru

Nove dos dez réus foram condenados a 96 anos de prisão

Correio do Povo

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A Justiça condenou nesta quarta-feira dez PMs do Grupo de Ação Tática Especial (Gate), pelos homicídios de oito presos no quarto andar do Pavilhão 9 do Carandiru, em outubro de 1992. Entre eles, o coronel reformado Wanderley Mascarenhas de Souza.

Esta foi a quarta etapa do julgamento do massare do Carandiru, que totalizou a morte de 111 presos durante a repressão de uma rebelião. Pelo grande número de réus e vítimas, o julgamento foi dividido em quatro fases, para julgar os acontecimentos em cada um dos andares do Pavilhão 9 onde ocorreu o motim. 

Nove réus foram sentenciados a 96 anos de prisão. Um réu teve pena ainda maior, de 104 anos devido a maus antecedentes por conta de uma condenação.  As acusações da promotoria sustentaram a posição que classifica a ação dos policiais como desmesurada, por terem atirado à queima roupa contra os detentos, sem chance de defesa e indistintamente. 

A defesa dos réus recorrerá da decisão e pedirá anulação do júri. 

Etapas anteriores

A primeira fase do julgamento ocorreu em abril de 2013, quando 23 policiais foram condenados. A segunda aconteceu em agosto do mesmo ano,na ocasião foram 25 PMs condenados. Na terceira etapa, em fevereiro deste ano, o advogado dos policiais, Celso Vendramini, reclamou da ação do juíz e abandonou o plenário, fazendo este estágio do julgamento ser adiado para 31 de março.  

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