Justiça dá prazo para que MPF retire ou mantenha ação contra União e Prefeitura

Justiça dá prazo para que MPF retire ou mantenha ação contra União e Prefeitura

AGU e Município garantem ter prestado assistência aos refugiados de Gana sem condiçõe de se manter

Rádio Guaíba

publicidade

A juíza Lenise Kleinübing Gregol, da 3ª Vara Federal de Caxias do Sul, deu prazo de 48h para que o Ministério Público Federal (MPF) se manifeste sobre a possível perda de objeto em uma ação movida contra a União e a Prefeitura buscando garantir auxílio a ganeses que procuraram refúgio na cidade.

Leia mais sobre o caso dos ganeses

De acordo com a determinação judicial, o MPF deve levar em conta os relatos da Advocacia-Geral da União (AGU) e do Município de que iniciativas já foram implantadas em assistência aos migrantes de Gana, que aproveitaram o visto da Copa do Mundo para entrar no Brasil. Caso decida prosseguir com o processo, o órgão deve especificar a origem, o montante e a duração do aporte financeiro e dos recursos materiais solicitados, além de indicar os responsáveis pelo fornecimento.

A ação foi ajuizada em 15 de julho. Nela, o MPF pedia da Prefeitura a oferta de itens básicos como água, alimentação, orientação, moradia provisória e serviços de saúde aos ganeses sem condições de se manter. À União foi solicitada a adoção de medidas que incluíam contribuição financeira e material.

Segundo a AGU, os estrangeiros foram atendidos pela unidade local da Policia Federal, que protocolou 356 pedidos de refúgio até a data de quarta-feira. Além disso, servidores do Sistema Nacional de Emprego (SINE), do Executivo municipal e do Ministério do Trabalho fizeram mutirão para emitir, em três dias, 101 carteiras de trabalho. Conforme a União, os documentos já foram entregues. Além de Caxias do Sul, cidades como Vacaria, São Francisco de Paula e Jaquirana já apresentaram interesse em empregar os ganeses.

Já o Município de Caxias do Sul informou ter se aliado a instituições civis no fornecimento de alimentação, roupas e atendimento médico. Os custos, segundo a Prefeitura, estão sendo arcados pela Fundação de Assistência Social (FAS). A presidente do órgão, Marlês Andreazza, adverte, porém, que não existe mais espaço adequado para acomodar os ganeses. Com os abrigos lotados, eles estão temporariamente abrigados em um salão paroquial.

Bookmark and Share

Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895