Justiça manda readmitir 85 funcionários do Hospital Universitário de Canoas

Justiça manda readmitir 85 funcionários do Hospital Universitário de Canoas

Prefeitura vai recorrer assim que for notificada

Samantha Klein / Rádio Guaíba

Justiça manda readmitir 85 funcionários do Hospital Universitário de Canoas

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A Justiça determinou a reintegração imediata de 85 funcionários do Hospital Universitário de Canoas, demitidos em 18 de novembro. O Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT4) entendeu que se tratou de despedida em massa, sem qualquer negociação coletiva prévia. Além disso, avaliou que as demissões sem justa causa resultaram no fechamento de leitos destinados ao SUS, o que configura prejuízo não só aos funcionários e às famílias, como também à comunidade.

Um andar inteiro de leitos de internação do Hospital Universitário de Canoas foi desativado, o que significa o fechamento de 70 das 460 vagas pelo SUS. Desde o final de 2014, o Hospital Universitário de Canoas passou a somar déficit de R$ 2 milhões por mês. A próxima medida deve ser o fechamento da UTI pós-operatório. Se a unidade for mantida, parte do leitos vai ser desativada.

Conforme o secretário da saúde de Canoas, Marcelo Bósio, a Prefeitura vai recorrer, assim que for notificada. “Entendemos que a justificativa de demissão em massa não procede. Foi uma decisão extremamente necessária para não fechar atendimentos. Aliás, informamos também que, se possível, reabriremos os leitos”.

Demais serviços especializados serão mantidos, mas a fila para realização de cirurgias vai aumentar. Atualmente, 650 procedimentos operatórios são realizados por mês. O Hospital Universitário, desde 2011, funciona em gestão compartilhada da Prefeitura de Canoas com o Sistema de Saúde Mãe de Deus. Os cortes foram exclusivos aos procedimentos eletivos, conforme o secretário. “É importante ressaltar que nenhum serviço foi suspenso e não estamos restringindo os atendimentos na emergência”, sustenta Bósio.

Os dissídios dos profissionais também colaboraram para aumentar o rombo do hospital. O secretário salientou, ainda, que apesar de terem optado por ceder 30% de leitos à iniciativa privada e a convênios com planos de saúde, o hospital decidiu, por enquanto, manter 100% dos leitos destinados ao SUS.

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