Laudo comprova presença de bactérias em comida que intoxicou alunos

Laudo comprova presença de bactérias em comida que intoxicou alunos

Mais de 30 crianças tiveram de ser internados após comer sanduíche de frango e suco de melão

Camila Kila / Rádio Guaíba

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Um exame do Laboratório Central do Estado (Lacen), solicitado pela Coordenadoria-Geral de Vigilância Sanitária de Porto Alegre, comprovou a contaminação de alimentos por uma bactéria no Colégio Israelita, onde mais de 30 crianças foram intoxicadas em dezembro. O laudo do Lacen apontou a presença de Staphylococcus Coagulase Positiva em sanduíches de frango e também em melões, utilizados para produção do suco que foi fornecido aos alunos como lanche.

• Intoxicação leva dezenas de crianças à emergência de hospital

A integrante da equipe de Vigilância em Alimentos, Paula Rivas, fala que o microorganismo é encontrado no meio ambiente e nas pessoas. Certas condições de conservação e manutenção podem fazer com que se prolifere e produza toxinas nos alimentos, causando intoxicação alimentar em quem os ingerir.

Conforme Paula, problemas de higiene, além de tempo de exposição e temperatura inadequadas podem ter contribuído para a ocorrência da doença na escola.

A pessoa intoxicada costuma apresentar sintomas como vômitos e diarréia, podendo apresentar desidratação. O tratamento consiste em reposição de líquidos e prescrição de medicamentos, de acordo com o quadro de cada paciente. Paula fala que normalmente a recuperação é rápida, mas que podem ocorrer agravamentos, como no caso de crianças e idosos.

No dia 16 de dezembro, 33 crianças com idades entre três e seis anos passaram mal após lanches adquiridos no bar do Colégio Israelita. Elas foram atendidas no hospital e liberadas após alguns dias.

Fiscais da Vigilância realizaram vistoria na escola após o ocorrido e encontraram produtos vencidos na cozinha. A escola interditou o bar, encerrou o contrato com o mantenedor e anunciou uma licitação para escolha do novo responsável pelo setor.

O titular da 10ª Delegacia da Capital, delegado Lauro Antônio dos Santos, espera o recebimentos dos laudos periciais e a coleta de depoimentos para concluir o inquérito sobre o caso. Ele ressaltou que o mantenedor do bar pode ser indiciado por vender alimentos em condições impróprias para consumo. A responsabilidade do colégio é apurada.

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