Laudo confirma que taxistas foram mortos pela mesma arma

Laudo confirma que taxistas foram mortos pela mesma arma

“É um fato inédito na história do RS", descreve secretário de Segurança

Stephany Sander / Rádio Guaíba

Autoridades da segurança pública deram entrevista coletiva

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“É um fato inédito em toda a história da investigação policial do Rio Grande do Sul”. Essa foi a definição que o secretário estadual da Segurança Pública, Airton Michels, encontrou para descrever o caso dos três taxistas assassinados na Capital em um intervalo de duas horas, na madrugada de sábado. Em uma entrevista coletiva no auditório do Quartel-Geral da Brigada Militar, no Centro da Capital, ele afirmou que os três crimes foram cometidos com a mesma arma. Divulgado neste domingo, o laudo do Instituto de Criminalística (IC) confirmou essa suspeita.

Michels assegurou que a corporação, em conjunto com a Polícia Civil, trabalha de forma ininterrupta,há mais de 30 horas na investigação, e também para prevenir que mais crimes ocorram. Acompanhado do chefe de Polícia do Estado, delegado Ranolfo Vieira Júnior, e do comandante-geral da Brigada Militar, coronel Fábio Duarte Fernandes, o secretário apresentou as linhas de investigação do caso e quais informações já obtidas pela investigação.

Segundo Ranolfo, a Polícia Civil trabalha com as hipóteses de homicídio (já que cada vítima levou dois tiros na altura da cabeça) e de latrocínio (já que em dois dos veículos os aparelhos de som foram roubados). “Ainda é difícil afirmar o que ocorreu de fato, mas o que já foi constatado até o momento, é que o assassino cometeu os três crimes sozinho, em ordem cronológica premeditada, e com a mesma arma, de calibre .22,” destacou Ranolfo.

A Polícia também reconstituiu um possível roteiro e concluiu ser possível que os três crimes possam ter sido praticados pela mesma pessoa. A ligação entre os crimes da Capital e os de Santana do Livramento, onde três taxistas foram assassinatos na quinta-feira, com uma arma de mesmo calibre, por enquanto, é descartada pela investigação. “Temos alguns suspeitos, mas muitos boatos surgem. Não confirmamos ainda a questão da suposta briga que as vítimas tiveram com um rapaz que prometeu vingança. Também não constatamos se o assassinato acionou o tele-táxi solicitando o serviço”, afirmou o delgado.

Ainda conforme ele, algumas testemunhas já auxiliaram na investigação e, a partir desta segunda-feira as imagens das câmeras de videomonitoramento das ruas por onde os taxistas passaram serão analisadas. “Muitos estabelecimento comerciais do trajeto feito pelo assassino também possuem câmeras, mas em função do feriadão de Páscoa, só vamos começar a análise desse material amanhã”, informou.

Dezenas de taxistas fizeram um novo protesto no início da noite de domingo, causando transtornos no trânsito da região central.

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