Leandro pede justiça depois de 3 horas de interrogatório

Leandro pede justiça depois de 3 horas de interrogatório

Pai de Bernardo negou que menino tivesse acesso restrito a casa da família

Correio do Povo

Pai de Bernardo negou que menino tivesse acesso restrito a casa da família

publicidade

*Com informações da repórter Fernanda Pugliero

Depois de três horas de interrogatório, o médico e pai de Bernardo, Leandro Boldrini, pediu, nesta quarta-feira, justiça no caso do filho. "Cessar a dor é um ato divino", diz Leandro em resposta aos advogados. “Sou uma pessoa esclarecida e jamais compactuaria com uma coisa dessas”, completou. Além disso, se declarou inocente e pediu alvará de soltura para que possa apresentar na Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc). Leandro preferiu não acompanhar depoimento dos demais réus, que deve ocorrer a partir das 14h45min desta quarta-feira. Serão ouvidos agora Graciele Ugulini, a madrasta, e os irmãos Edelvânia e Evandro Wirganovicz.

O médico repetiu inúmeras vezes que é inocentes e não participou do assassinato do filho. Depois de contar passo a passo sobre o dia que o filho desapareceu, Leandro disse que não tinha conhecimento de que Graciele e Edelvânia se conversavam enquanto as buscas por Bernardo ocorriam. O assistente da promotoria, Marlon Taborda, interrogou o réu e em resposta, Leandro afirmou: “O senhor está lutando por uma causa perdida. Eu sou inocente e amo meu filho, amava e vou amar sempre”.

Questionado sobre a relação que tinha com Bernardo, Leandro explicando sobre como se referia à criança.“Chamar de meu guri, meu filho, é só jeito de se expressar”, disse. E se defendeu: "eu não fiz corpo mole nenhum", dizendo que se empenhou nas buscas pelo filho quando estava supostamente desaparecido.

Sobre a relação de Bernardo com a avó, Leandro afirma que Jussara Uglione não foi impedida de visitar o menino, mas que ele queria a guarda. “Eu tenho as minhas razões (para não querer que Jussara ficasse com a guarda). Ele é meu filho e estava sob minha responsabilidade”, afirmou.

Em relação ao acesso a casa, onde diversas vezes testemunhas do caso afirmaram que menino ficava em frente a casa esperando a chegada de alguém para poder entrar, Leandro se defendeu.“É uma absurdo dizer que Graciele proibia ele de entrar em casa. Bernardo sempre teve o controle e a chave de casa. Se alguém falou que Bernardo foi impedido de entrar em casa é mentira”, disse.


Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895