Levantamento aponta 27 crianças e adolescentes estão em situação de rua em Porto Alegre

Levantamento aponta 27 crianças e adolescentes estão em situação de rua em Porto Alegre

Pesquisa da Ufrgs mostrou redução no número de jovens em situação de vulnerabilidade social

Cláudio Isaías

Pesquisa da Ufrgs mostrou redução no número de jovens em situação de vulnerabilidade social

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A cidade de Porto Alegre tem hoje 27 crianças e adolescentes em situação de rua. Deste total, 16 são meninos e 11 são meninas. No que se refere a idade, a representação de crianças de até seis anos é considerada alta, 53,8%, e a de adolescentes de 13 a 17 anos, atinge 38,6%. A pesquisa foi realizada pelo Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) entre os meses de setembro e outubro de 2016. Os dados da pesquisa foram apresentados nesta quinta-feira pelo presidente da Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc), Marcelo Soares, e pela coordenadora de Proteção Social e Especial da Fasc, Júlia Obst, no Paço Municipal.

Na comparação com a última pesquisa realizada em 2007 e 2008, segundo Soares, ocorreu uma drástica redução de jovens em situação de vulnerabilidade social na cidade. Na época, eram 383 crianças e adolescentes em situação de risco na Capital. Soares afirmou que se não existisse as equipes de abordagem nas ruas, o tempo todo, abordando as crianças e adolescentes, a situação seria muito diferente.

Confira o relatório completo

A maior parte dos entrevistados, 17 jovens, nasceram em Porto Alegre, seis vieram da Região Metropolitana, três do interior e uma de outro estado. Das crianças e adolescentes ouvidas pelos pesquisadores, 72% disseram estar na rua há menos de um ano. Sobre ser estudante, o levantamento mostra que dos 14 dos 27 entrevistados de 2016 tem até seis anos e, neste universo, a escola para esta faixa etária é deficitária de vagas.

Aos pesquisadores, os jovens disseram que usam como dormitórios albergues, abrigos, hotéis, pousadas, além de hotéis e pensões, além de calçadas, marquises, praças e viadutos. Dois relataram dormir na própria casa. Júlia afirmou que estas crianças são consideradas em situação de rua, pois estabeleceram mais vínculo fora de casa. Segundo Soares, muitas vezes as crianças são estimuladas pelas famílias a buscarem nas ruas alternativas de sobrevivência. O presidente da Fasc disse que o cidadão ao presenciar uma criança em situação de vulnerabilidade social deve ligar para o telefone 3289.4994 que as equipes farão a abordagem.

A pesquisa foi realizada nos bairros Centro, Floresta, Bom Fim, Cidade Baixa e Menino Deus e avenidas como Farrapos, Assis Brasil, Baltazar de Oliveira Garcia, Protásio Alves, Ipiranga e Bento Gonçalves. Na zona Sul, o levantamento ocorreu nos bairros Cristal, Tristeza, Teresópolis, Ipanema e Restinga. Na zona Leste, o trabalho compreendeu os bairros Partenon, Glória e Agronomia.

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