Lixo acumula nas ruas de São Leopoldo

Lixo acumula nas ruas de São Leopoldo

Empresa responsável suspendeu o recolhimento nesta quinta-feira

Stephany Sander

Empresa responsável suspendeu o recolhimento nesta quinta-feira

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Por volta das 13h desta quinta-feira, sacolas de lixo já se acumulavam em frente às residências em diversos bairros de São Leopoldo. Desde a madrugada, os resíduos deixaram de ser recolhidos pela SL Ambiental, empresa responsável pelo serviço. Em nota, a empresa diz que não poderá fazer o recolhimento pois a prefeitura embargou o aterro sanitário, para onde era encaminhado o material. Além disso, a empresa diz sofrer com “a falta constante de pagamento de seus serviços, por culpa exclusiva da administração, e a dívida hoje ultrapassa R$ 35 milhões.”

O secretário municipal de Limpeza Pública, Charles Pierre, explica que o aterro foi embargado porque não tem licença de operação da Fundação Estadual de Proteção Ambiental. O documento foi solicitado em agosto ao órgão estadual. “Isso não justifica a suspensão do serviço, pois há uma cláusula dizendo que a empresa precisa encontrar outro local para destinar os resíduos em uma situação como esta. Já notificamos a empresa e esperamos que ela tome uma iniciativa. Em último caso, vamos encerrar o contrato com a empresa e contratar uma responsável de forma emergencial.”  O prefeito Aníbal Moacir informou que, nas últimas semanas, a prefeitura tem tratado destas dívidas, que seriam herdadas da gestão anterior. “Na medida do possível, estamos colocando estes valores em dia.”

A Companhia Riograndense de Valorização de Resíduos se colocou ontem a disposição para fazer o encaminhamento final dos resíduos sólidos do município até a Central de Resíduos do Recreio, em Minas do Leão. ”Para darmos seguimento a essa estratégia, disponibilizaríamos o transporte por meio de caminhões de São Leopoldo até Minas do Leão. O carregamento desses veículos seria efetuado diretamente pela prefeitura na Usina de Triagem/ Transbordo do município, após o recebimento dos resíduos oriundos da coleta de resíduos urbanos” destacou o diretor Administrativo e Financeiro da Companhia, Alexsandro Ribeiro.

Esta é a segunda vez no ano que os moradores têm dificuldades com a coleta de lixo. Em janeiro o serviço também foi suspenso devido a falta de funcionários para realizar o recolhimento, além de dois caminhões estarem danificados. Na ocasião, após notificação, a SL Ambiental ampliou as equipes de coleta e normalizou o serviço após três dias de coleta parcial. A fim tentar sanar os problemas, em julho a prefeitura entregou quatro novos caminhões compactadores, aumentando a frota da SL Ambiental para os atuais 17 veículos. Os investimentos foram de R$ 2,4 milhões para aquisição dos novos veículos.

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