Lotação de UPAs e emergências em Porto Alegre segue acima de 100%

Lotação de UPAs e emergências em Porto Alegre segue acima de 100%

Painel da Prefeitura mostrava 280 internações para 226 leitos de emergência na manhã desta sexta-feira

Felipe Faleiro

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A lotação das emergências, Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e PAs em Porto Alegre nesta sexta-feira seguia alta. De acordo com o painel de monitoramento da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), a ocupação total dos leitos, considerando ambos os serviços, estava em 139,4%. Apenas considerando as unidades emergenciais, o índice estava em 123,8%. Ainda segundo o levantamento, havia 280 internações para 226 leitos de emergência na Capital.

Os destaques negativos dos seis hospitais monitorados foram a Santa Casa de Misericórdia, com 200% de ocupação, e no Hospital de Clínicas de Porto Alegre, com 182,1%. Na Santa Casa, havia 48 pacientes em observação para 24 leitos de emergência, e no Hospital de Clínicas, 102 em observação para 56 leitos. Quanto às UPAs, a unidade da Bom Jesus estava com situação mais crítica, com 328,5% de ocupação, ou 23 pessoas em observação para sete leitos. 

As quatro unidades de pronto atendimento tinham, hoje pela manhã, lotação superior a 100% de pacientes nos leitos adultos. No caso das emergências pediátricas, a situação era considerada crítica no Hospital de Clínicas de Porto Alegre, com ocupação de 200%, ou 18 internados para nove leitos, e no Hospital Conceição, com 143,7%, ou 23 pacientes infantis internados para 16 leitos disponíveis. Nos demais cinco hospitais com este monitoramento, a lotação não alcançava 100%.

Há uma alta demanda relacionada ao frio, que geralmente faz ampliar o número de atendimentos nos serviços de saúde, assim como a procura de pacientes de outros municípios da Região Metropolitana. Estas pessoas provenientes de cidades próximas, como Viamão, Cachoeirinha e Alvorada, entre outras, representam, conforme afirmou recentemente a Prefeitura, por volta de 20% das pessoas atendidas nas unidades de Porto Alegre, pressionando ainda mais os serviços públicos já saturados da Capital.


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