Lotações de Porto Alegre amargam prejuízos com a falta de passageiros

Lotações de Porto Alegre amargam prejuízos com a falta de passageiros

Crise da Covid-19 afetou o setor que já vinha apresentando problemas em função da chegada dos aplicativos

Cláudio Isaías

publicidade

Os lotações de Porto Alegre amargam prejuízos com a falta de passageiros. A crise da Covid-19 afetou o setor que já vinha apresentando problemas em função da redução de clientes em razão da chegada dos aplicativos. O gerente executivo da Associação dos Transportadores de Passageiros por Lotação (ATL), Rogério Lago, disse que os permissionários estão vivendo uma crise nunca vista antes. "Está muito complicado porque a redução dos ônibus acaba por refletir no serviço de lotações. O fechamento do comércio acaba por afetar o transporte público e por consequência o serviço de lotações", ressaltou.

Antes da pandemia do coronavírus, os permissionários, segundo Lago, já sofriam com a concorrência dos aplicativos. "Naquela época, houve uma perda de 46% de passageiros com o ingresso dos aplicativos",destacou. Conforme o gerente executivo da ATL, entre  maio e junho ocorreu uma melhora no serviço com a abertura dos shoppings na cidade. "O fechamento do comércio novamente afetou o serviço dos lotações", explicou. Segundo ele, antes da crise, cada veículo transportava uma média de 150 pessoas por dia.

No terminal de embarque da avenida Borges de Medeiros, no Cento Histórico, é visível a diminuição de passageiros em linhas tradicionais como Menino Deus, Glória, Partenon/Lomba do Pinheiro, Medianeira, Teresópolis, Jardim Vila Nova e Otto Niemeyer. Lago espera que as autoridades consigam buscar uma solução o mais rápido possível para o problema que afeta todos os segmentos econômicos.  

Ele revelou que os lotações, assim como os ônibus, estão perdendo passageiros. "Não somos concorrentes dos ônibus até porque os passageiros dos dois serviços são distintos. O receio é que os clientes do lotação acabem por optar pelos aplicativos”, destacou. Porto Alegre conta com 370 veículos que atendem 95% dos bairros da Capital - em 31 linhas e 38 automóveis na categoria especial nas linhas Restinga e Belém Novo. Cada micro-ônibus transporta 21 passageiros sentados e 25 nas linhas especiais e são equipados com ar condicionado e bancos reclináveis. Um total de 16% dos veículos já operam com o motor Euro V, que diminui a emissão de gases poluentes.
 


Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895