Lotações em hospitais não são novidade, diz secretário

O Secretário Municipal da Saúde de Porto Alegre, Carlos Henrique Casartelli, minimizou as declarações do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), que defende que a superlotação de emergências em Porto Alegre vem ganhando dimensão de calamidade pública. “O que vemos hoje nos hospitais já aconteceu em outros momentos, não é novidade”, afirmou, em entrevista à Rádio Guaíba.

“Sempre que há superlotação, a cobrança recai sobre Porto Alegre. Acontece que 40% do atendimento realizado nos hospitais é de demandas da Região Metropolitana e Interior”, explicou, acrescentando que o atual quadro foi agravado pela greve dos médicos residentes do Sistema Único de Saúde (SUS).

O secretário também afirmou que a prefeitura investe 20% com saúde, enquanto o mesmo não acontece com o governo do Estado e federal. “Temos um subfinanciamento no setor. Não adianta colocarmos mais leitos nem unidades de atendimento sem reestruturarmos os hospitais. É um problema de gestão”, defendeu.

Uma reunião entre governo do Estado, Ministério Público Estadual (MP), prefeitura, Simers e Grupo Hospitalar Conceição ocorre nesta tarde, na sede do MP, para apontar soluções para o problema.