Mais 64 famílias começam a ser removidas da Vila Dique

Mais 64 famílias começam a ser removidas da Vila Dique

Mudança de moradores para loteamento possibilitará a ampliação da pista do aeroporto na Capital

Marcos Koboldt / Correio do Povo

Mais 64 famílias começam a ser removidas da Vila Dique

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Mais 64 famílias começaram a ser retiradas, nesta segunda-feira, da Vila Dique, em Porto Alegre. Elas serão reassentadas pelo Departamento Municipal de Habitação (Demhab) no loteamento da avenida Bernardino Silveira Amorim, no bairro Porto Seco, na zona Norte.

A previsão é que a nova etapa seja concluída em cinco dias úteis. Serão entregues oito apartamentos e 56 sobrados, além de oito unidades comerciais. Localizada irregularmente há cerca de 30 anos na avenida Dique, a remoção da vila possibilitará a ampliação da pista do Aeroporto Internacional Salgado Filho. Até o momento, 484 famílias foram reassentadas, de um total de 1.476 que irão para o loteamento. A transferência dos moradores começou em outubro de 2009.

A dona de casa Renata Fragoso, 31 anos, estava ansiosa para colocar, de uma vez, todos os pertences da família no caminhão para finalizar a mudança. No mesmo terreno, ela vive com o filho de 12 anos, mais o pai e dois irmãos.
“Agora vamos ter direito de reclamar, exigir direito a água, luz, esgoto. Finalmente vamos sair de perto desse valão”, afirmou Renata, que vive no local desde os 3 anos. Sua única preocupação era com o colégio do filho. “Ainda não consegui uma vaga mais perto. Por enquanto vou ter que bancar a passagem dele para estudar na escola aqui próxima”, frisou.

Logo ao lado, o instalador mecânico Marcelo Silva, 34 anos, tinha uma expectativa diferente. Morando com a esposa e três filhos na Vila Dique, ele contou que apesar do local melhor, os primeiros meses serão de adaptação. “A casa nova é menor em relação a qual vivemos hoje, mas pelo menos teremos a possibilidade de fazer reformas e melhorias. Aqui (na Vila Dique) era muito limitado. A gente não podia mexer em nada”, disse ele.

A situação da escola de um dos filhos também preocupa Marcelo. “Para dois já consegui vaga perto da nova casa, mas o outro terá que seguir no bairro. Será um gasto a mais, mas espero que por pouco tempo”, completou o instalador mecânico.

Situado em área de 21 hectares, quando completo, o loteamento no Porto Seco terá 1.476 residências, 103 unidades comerciais, escola e creche municipais, posto de saúde, praça e área de preservação ambiental. As casas, sobrados e apartamentos, com cerca de 40 metros quadrados, terão sala, cozinha, banheiro e dois dormitórios. Vinte unidades serão adaptadas para pessoas com deficiência. Já funcionam no local uma unidade de triagem de resíduos recicláveis e o centro social.



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