Mais de 93% da população recebeu pelo menos a primeira dose em Porto Alegre

O painel interativo da prefeitura de Porto Alegre registrava nesta quarta-feira mais de 93,4% da população acima dos 5 anos de idade vacinada com a primeira dose, incluindo aqueles que realizaram a dose única da Janssen. O número é celebrado pelo diretor-geral da Diretoria de Vigilância em Saúde da Capital, Fernando Ritter. “É importante frisar que esse número baixou um pouco nas últimas semanas pois se acrescentou as crianças de 5 a 11 anos de idade”, reforça, afirmando que antes do início da imunização da população infantil essa porcentagem chegava próxima aos 100% na primeira dose. 

“Na população acima dos 12 anos de idade, temos um índice maravilhoso de vacinação. A vacinação das cianças foi um pouco lenta nos seus primeiros dias. As pessoas tinham dúvidas e as fake news foram muito pesadas, deixando os pais ficam com muito receio”, explica. Ritter entende que a liberação da aplicação da Coronavac em crianças foi um fator que ajudou a acelerar a imunização. No entanto, o diretor ressalta que há uma lacuna no lançamento dos dados para o sistema. Embora o site do painel mostrasse quase 21 mil crianças entre 5 e 11 anos de idade vacinadas ele afirma que com base nas informações das unidades de saúde o número passa dos 35 mil. 

Quanto à segunda dose, que inclui também os dados dos vacinados com a dose única da Janssen, o vacinômetro aponta 85,4%. Já quanto à dose de reforço, a porcentagem chega a 44,7% da população. Houve, na visão de Ritter, um relaxamento inicial após a diminuição de casos de Covid com internações em UTI em dezembro, quando a Capital chegou a ter 27 leitos ocupados. Nesta quarta-feira, o número era de 170. O avanço da ômicron fez com que aumentasse a procura às unidades de saúde. “O risco de quem não está com esquema vacinal completo é 27% maior. Quando começamos a divulgar esses dados as pessoas começaram a procurar mais a terceira dose. As pessoas estão se conscientizando”, analisa

Ataque hacker

Outra questão que impacta na contagem do painel que mostra a quantidade de moradores da Capital vacinados foi o ataque hacker aos sistemas do Ministério da Saúde. “Quando houve a invasão hacker ficamos às cegas por mais de mês pela instabilidade do sistema. Entramos janeiro com muitos dados para digitação e houve o aumento da procura por testes, o que acabou deixando essa digitação para depois. Além disso, alguns dados acabaram sendo perdidos. Vale a pena entrar no ConecteSUS e verificar se consta a terceira dose”, recomenda Ritter.