Mais dez famílias deixam vila Dique, em Porto Alegre
Previsão é de que até quarta-feira outras 15 famílias sigam para o bairro Rubem Berta
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Localizada irregularmente há mais de três décadas nas laterais da avenida Dique, a extinção da vila e consequente demolição das moradias possibilitará a ampliação da pista do Aeroporto Internacional Salgado Filho - intervenção essencial para a expansão comercial do Estado e para a Copa do Mundo de 2014. Até o final da semana passada, 353 de um total de 1.476 tinham sido reassentadas. Maria Horácio recordou que a transferência dos moradores para o loteamento no bairro Rubem Berta começou em outubro de 2009.
O loteamento terá 1.476 residências, 103 unidades comerciais, escola e creche municipais, postos de saúde, unidade de triagem de resíduos recicláveis, centro comunitário, praça e área de preservação ambiental. As casas, sobrados e apartamentos, com cerca de 40 metros quadrados, têm sala, cozinha, banheiro e dois dormitórios. “Teremos 20 unidades adaptadas para pessoas com deficiência”, explicou.
A auxiliar de serviços gerais Renata Trindade, de 23 anos, que residia havia cinco anos da vila Dique, deixou o local satisfeita e com a certeza de um futuro melhor. “Além de ir morar em um sobrado bem maior do que a casa onde eu morava, estarei livre das constantes faltas de água e luz”, comentou. Renata lembrou que, com frequência, sofria com os cortes inesperados de abastecimento e de energia.
Também visando agilizar a desocupação da área, a Central de Conciliações da Justiça Federal realizará audiência pública em 14 de janeiro, tendo como alvo 79 propriedades que serão desapropriadas no bairro Vila Floresta. As rodadas de conciliação estão previstas para ocorrer entre os dias 24 e 28 de janeiro. As desapropriações atingirão 150 imóveis da Vila Floresta.
O superintendente regional da Infraero, Carlos Alberto da Silva Souza, destacou que as expropriações são essenciais à modernização do aeroporto nos preparativos que antecedem a Copa do Mundo de 2014. A empresa projeta destinar R$ 61 milhões para tal trabalho. É preciso que a área esteja livre para a execução das obras até abril do próximo ano. Havendo acordo, os valores das indenizações serão creditados nas contas bancárias dos proprietários 15 dias após a consolidação da conciliação.