Mandetta lança campanha e pede conscientização para vacinação contra a gripe

Mandetta lança campanha e pede conscientização para vacinação contra a gripe

Primeira fase da campanha começou nesta quarta e vai até o dia 18 de abril

Henrique Massaro

Vacinação será aberta para o restante dos grupos de risco a partir do dia 22

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O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, lançou hoje, em Porto Alegre, a Campanha Nacional de Vacinação Contra a Influenza. Em cerimônia realizada na Unidade de Saúde Modelo, na presença do governador Eduardo Leite e do prefeito Nelson Marchezan Júnior, ressaltou que a mobilização não é só uma campanha, mas um movimento com o objetivo de envolver toda a sociedade. Em todo o país, 58 milhões de pessoas devem ser imunizadas. Nessa primeira fase, iniciada nesta quarta e que vai até o dia 18 de abril, somente crianças de 6 meses até 6 anos incompletos, gestantes e puérperas poderão se vacinar. A vacinação será aberta para o restante dos grupos de risco a partir do dia 22.

Mandetta explicou que, este ano, a palavra movimento está sendo utilizada, com o intuito de se conscientizar que a vacinação é uma responsabilidade de todos. “Precisamos entender que a vacina é um direito das crianças e um dever dos pais e responsáveis. E responsáveis somos todos nós”, destacou o ministro da Saúde. De acordo com ele, uma criança não vacinada pode representar um sinal de negligência e até de violência. Dessa forma, todos que têm contato com os pequenos, como professores e cuidadores, precisam ajudar na conscientização.

Além de crianças e gestantes terem ficado com índices baixos de cobertura na última campanha, o ministro afirmou que a decisão de colocar esses grupos antes dos demais que também têm prioridade é uma questão de prevenção. Conforme Mandetta, o objetivo é impedir aglomerações e, no caso específico das gestantes, evitar que fiquem em filas e salas de espera. “Esse vírus se comportou, em gestantes, de uma maneira mais agressiva. Não se sabe porque a mulher nessa condição evolui para uma pneumonia muito mais grave, que leva muitas pessoas a óbito”, comentou.

Ainda segundo ele, esses primeiros grupos – que ainda englobam as puérperas -, poderão continuar se vacinando após o período inicial. A partir do dia 22, no entanto, a imunização será aberta para os demais públicos de risco: trabalhadores de saúde, povos indígenas, idosos a partir dos 60 anos, professores, portadores de doenças crônicas e outras categorias de risco clínico, população privada de liberdade (incluindo adolescentes e jovens dos 12 aos 21 anos cumprindo medida socioeducativa) e funcionários do sistema prisional. O dia D da campanha será no dia 4 de maio, com todos os postos de saúde do país abertos.

Este ano, o início da campanha foi antecipado. De acordo com Mandetta, o motivo foi garantir uma imunização antes da chegada do inverno, já que a vacina precisa de um período de cerca de 15 dias para fazer efeito. Dessa forma, as pessoas garantem a proteção antes dos meses mais frios do ano, em que a circulação do vírus tende a ser maior. Ainda segundo o ministro, no próximo ano a ideia é antecipar ainda mais o começo da mobilização, pelo menos nos estados da região Sul, que devem começar a vacinar na primeira quinzena de março.

O ministro da Saúde garantiu que todas as secretarias estaduais de Saúde já receberam as doses e já repassaram para todos os seus postos. Conforme ele, quase 40 milhões de imunobiológicos já foram entregues. Esse número deve chegar até 63,7 milhões à medida que os estados forem atingindo suas metas. A mobilização vai até o dia 31 de maio e, durante ela, vão funcionar 41,8 mil postos de vacinação no país, com envolvimento de 196,5 mil pessoas e utilização de 21,5 mil veículos terrestres, marítimos e fluviais. E meta é atingir 90% do público-alvo.


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