Mandetta reconhece dificuldade com orientações divergentes por atitudes de Bolsonaro

Mandetta reconhece dificuldade com orientações divergentes por atitudes de Bolsonaro

Ministro reiterou que desafio no enfrentamento da Covid-19 passa pelo comportamento da sociedade

Correio do Povo

Ministro pregou equilíbrio entre necessidades da economia e salvar vidas

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O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, disse, na noite deste domingo, que o desafio no enfrentamento do novo coronavírus no Brasil passa pelo comportamento da sociedade, em especial sobre o nível do isolamento social. Durante a entrevista ao Fantástico, o ministro evitou fazer comentários em relação às atitudes do presidente Jair Bolsonaro, que, contrariando as orientações do Ministério e das entidades de saúde, não tem evitado o isolamento social. Mesmo assim, reconheceu a dificuldade nas orientações divergentes, emitidas pelas atitudes do presidente.

"A população olha e diz assim: será que o ministro da Saúde é contra o presidente da República? E não há ninguém contra ou a favor de nada. Nosso inimigo é o coronavírus", pontuou.

Ao mesmo tempo, Mandetta enfatizou que o presidente tem grande preocupação com a economia. "Ele chama muito a atenção para o lado da economia. O Ministério da Saúde entende a economia, a cultura, a educação. Mas chama pelo lado de equilíbrio de proteção à vida. Eu espero que essa validação dos diferentes modelos de enfrentamento dessa situação possa ser comum e possamos ter uma fala única, por que isso leva para o brasileiro uma dubiedade. Ele não sabe se escuta o ministro da Saúde, se ele escuta o presidente. Quem ele escuta". 

O ministro reforçou que o país ainda deverá encarar pelo menos mais dois meses dificeis no enfrentamento à pandemia da Covid-19, se referindo a maio e junho. Para ele, esses serão os meses mais duros. "Quem vai escrever como vamos encarar a pandemia é a sociedade", disse. 


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