Manhã de sábado é marcada por movimento baixo em Porto Alegre

Manhã de sábado é marcada por movimento baixo em Porto Alegre

Maior fluxo nas principais ruas e avenidas da cidade eram de veículos, mas ainda abaixo de antes da pandemia

Eduardo Amaral

Parques da cidade como Parcão e Redenção o público era pequeno, mas maior que nas primeiras semanas de isolamento social

publicidade

A manhã de sábado foi marcada por um movimento baixo na maior parte das ruas de Porto Alegre. O maior fluxo nas principais ruas e avenidas da cidade eram de veículos, mas ainda abaixo de sábados antes da pandemia. Nos parques da cidade como Parcão e Redenção o público era pequeno, mas maior que nas primeiras semanas de isolamento social. Nos dois locais era possível encontrar mais pessoas circulando, e mesmo algumas rodas de chimarrão e pessoas compartilhando a cuia. 

Um dos pontos com mais movimentação era a tradicional Feira Ecológica do Bom Fim, que teve um público de aproximadamente seis mil pessoas. Para atender a gama de clientes os feirantes modificaram o atendimento e funcionamento. As alterações iniciaram no dia 13 de março, quando os feirantes começaram a utilizar máscaras, adotaram o uso de álcool gel, e limitaram o manuseio dos alimentos pelos clientes, pedindo que eles não toquem nas frutas, legumes e verduras. Além disso, caixas de som estão espalhadas pelo espaço orientando quem circula pelo local.

Paulo Sérgio Ludwig, membro da comissão de Feira, diz que o movimento melhorou nas últimas semanas, mas ainda está muito abaixo dos dias antes da pandemia. De acordo com ele, a cada sábado os feirantes recebiam cerca de 15 mil clientes antes das medidas de isolamento. Desde que essas medidas foram adotadas o número caiu para aproximadamente cinco mil por edição. “A feira já melhorou bastante, mas o movimento caiu bastante, o pessoal que vinha para passear e caminhar entre as bancas não vem mais. Eles compravam um suco ou coisas feitas na hora”, conta ele.

Ludwig diz que os clientes também mudaram o comportamento, além do uso de máscaras as compras são mais rápidas, evitam ficar muito tempo e adotaram, em sua maioria, o uso de máscaras. O feirante defende as medidas e garante que a preocupação maior é com a saúde dos clientes. “Não queremos vender a qualquer custo, nós defendemos a vida e preferimos que as pessoas se cuidem.” O número de feirantes também diminuiu dos cerca de 50 que estavam toda a semana no local para 35 em meio a pandemia, consequência direta de muitos estarem nos grupos de risco. “A feira ficou mais arejada, e os clientes até estão preferindo, e pela primeira vez em 31 anos a avenida foi fechada para preservar os clientes.”


Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895