Manifestação com cruzes pede saída de Bolsonaro em Porto Alegre
Ato, que pediu vacina para todos e a continuidade do auxílio emergencial, simbolizou as mortes por Covid-19
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Os gritos de fora Bolsonaro ecoaram em meios ás cruzes de madeira pretas espalhadas pelo chão, como forma de representar mais de 10.500 mortes no Rio Grande do Sul e mais de 220 mil no Brasil por Covid-19. Assim foi o ato simbólico organizado pela Central Única dos Trabalhadores do Rio Grande do Sul (CUT-RS) e mais oito centrais sindicais, que ocorreu nesta sexta- feira, no Largo Glênio Peres, no centro de Porto Alegre.
A pauta da manifestação incluiu o pedido de vacinação para todos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), a continuidade do auxílio emergencial , benefício concedido pelo governo federal durante a pandemia pago em seis parcelas de R$600 e mais três de R$ 300, que terminou no dia 31 dezembro de 2020, sendo que os últimos valores foram depositados na quinta-feira e também o impeachment do presidente Jair Bolsonaro.
“Do jeito que as coisas estão, vai demorar dois anos para toda a população ser vacinada, o que faz desse governo uma vergonha internacional”, afirmou o secretário de organização da CUT-RS, Claudir Néspolo, fazendo menção ao tempo em que acredita que pode levar para todos serem imunizados pelo SUS. O representante do Fórum Pelos Direitos & Liberdades Democráticas, Érico Corrêa, esclareceu que a entidade participou tendo um dos pleitos principais a vacinação gratuita para todos. “Depois de brincar com a seriedade da doença, Bolsonaro está claramente tentando negociar com clínicas a venda da vacinas”, comentou.
O integrante da secretaria de Mobilização da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Haroldo Britto, reiterou a necessidade de retomada do auxílio emergencial diante da pandemia. “É uma medida que precisa continuar porque muitas pessoas foram e estão desempregadas, sem condições mínimas para viver.”
A vice-presidente Sul da União Nacional dos Estudantes (UNE), Gabriela Silveira, salientou o fato de 55% dos estudantes faltarem ao Enem, que ocorreu nos domingos de 17 e 24 de janeiro. “ É um governo que não prioriza a educação ao manter as provas em meio a uma pandemia.".
Mais manifestações estão previstas no sábado, uma bicicletada às 16 horas, marcada no Parque da Redenção, e no domingo, uma carreata, às 10 horas, com saída no Estádio Beira Rio.