Manifestação feminista em Porto Alegre pede o fim da violência contra mulher

Manifestação feminista em Porto Alegre pede o fim da violência contra mulher

Cerca de 2 mil pessoas estiveram presentes na caminhada pelo Centro de Porto Alegre

Lou Cardoso

Manifestantes atearam fogo em um fantoche na Esquina Democrática

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Porto Alegre teve a sua primeira manifestação em decorrência ao caso do estupro coletivo que ocorreu no Rio de Janeiro. Várias mulheres, e alguns homens que acompanhavam de longe e quietos, se reuniram na Esquina Democrática, no Centro da Capital no início da noite desta quarta-feira, para protestar pelo fim da violência contra a mulher. Segundo a organização do evento, cerca de 2 mil pessoas estiveram presentes.

O ato iniciou na Esquina Democrática, onde mulheres gritavam "Machistas! Fascistas! Não passarão!", "Nem recatada, e nem do lar. A mulherada tá na rua pra lutar" e discursavam sobre a cultura do estupro que persiste na sociedade. Além de cartazes que pediam respeito ao corpo feminino e que o "estupro nunca é culpa da vítima". Em simbologia aos 33 homens que estupraram a adolescente no Rio, algumas meninas carregaram um fantoche e o apunhalavam contando em coro 33 socos, antes de atearem fogo no boneco no chão.

A manifestação teve uma curta caminhada que seguiu até em frente do Palácio do Piratini e mais uma vez, pediam mais segurança e justiça às mulheres. Ao decorrer da caminhada, algumas meninas pixavam paredes e receberam apoio dos moradores do Centro, com apagar e ligar das luzes de suas casas. O protesto encerrou por volta das 19h30min em frente ao Piratini, com as mulheres reafirmando "são 33 contra todas". Como último ato, as manifestantes ainda pintaram as mãos de vermelho e deixaram várias marcas no chão, em frente ao Palácio Piratini. 


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