Manifestantes queimam boneco de Cunha em protesto em Porto Alegre

Manifestantes queimam boneco de Cunha em protesto em Porto Alegre

Ato criticou projeto que regulamenta a terceirização no Brasil

Mauren Xavier

Organizado por várias centrais sindicais, como CUT, UGT, Intersindical, CSP Conlutas, grupo fez caminhada pelo Centro até a Assembleia Legislativa

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Centenas de trabalhadores gaúchos realizaram no final da manhã desta quinta-feira um ato ao lado da sede da Federasul, no centro de Porto Alegre. Com bandeiras e carros de som, eles manifestaram posição contrária ao projeto que regulamenta a terceirização no Brasil. Em discursos, os líderes sindicalistas detalharam os prejuízos aos direitos dos trabalhadores se houver a aprovação no Senado da nova legislação. O PLC 30 (antigo PL 4330) ainda não tem previsão para análise dos senadores.

Segundo o presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB/RS), Guiomar Vidor, se aprovado, o projeto promove o fim da CLT. “Esse é o momento de demonstrarmos a nossa inconformidade com essa lei. Uma proposta que obstrui os direitos trabalhistas. A terceirização afetará todos os setores e colocará um fim em direitos essenciais, como Fundo de Garantia (FGTS) e férias”, lamentou. Ele afirmou que, diferente da Câmara dos Deputados, a proposta tem maior rejeição no Senado. E, citou ainda, que o presidente da Casa, Renan Calheiros, anunciou que o projeto deve ser amplamente debatido antes de ir à votação.

Organizado por várias centrais sindicais, como CUT, UGT, Intersindical, CSP Conlutas, grupo fez caminhada pelo Centro até a Assembleia Legislativa. Antes, porém, fizeram uma manifestação na Esquina Democrática. No local, houve a encenação do enterro do presidente da Câmara de Deputados, Eduardo Cunha. Desde o início do protesto, uma espécie de caixão do deputado federal foi “velado”. A rejeição se deve porque o parlamentar colocou o projeto em pauta e impediu, na avaliação dos sindicalistas, o amplo debate da proposta. “Não podemos permitir que ele (Eduardo Cunha) continue tirando nossos direitos”, falou Vidor, após o caixão simbólico ser queimado.

O trajeto foi acompanhado pela Brigada Militar e EPTC. A caminhada provocou bloqueios temporários e pontuais ao trânsito, como junto ao Mercado Público e a Prefeitura de Porto Alegre. O ato deu a largada numa série de outros atos programados para os próximos dias.

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