Marcha das Vadias reúne ativistas no Parque da Redenção

Marcha das Vadias reúne ativistas no Parque da Redenção

Manifestantes pediram o fim da violência contra a mulher

Mauren Xavier/Correio do Povo

Grupo ressalta que as mulheres devem ter o seu direito de escolha respeitado

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Com faixas, um grupo formado por mulheres e homens de todas as idades saiu do Monumento ao Expedicionário, no Parque da Redenção, formando um protesto da chamada Marcha das Vadias. O grupo, que prega o respeito às mulheres e suas escolhas, seguiu pelo Parque da Redenção, ocupando em seguida a rua Paulo Gama, ao lado da Ufrgs, e a avenida Osvaldo Aranha. A ideia do movimento é trajar figurinos "provocantes" como oposição ao desrespeito físico e psicológico contra o sexo feminino.

Os integrantes da manifestação solicitaram que a presidente Dilma Rousseff aprove a legalização do aborto. Segundo uma das organizadoras do evento, Maria Fernanda Salaberry, a luta principal é pelo fim da discriminação de gêneros. Ela lembrou que as mulheres devem ter o seu direito de escolha respeitado, e isso vale para muitas coisas, desde a roupa até a opção em ter um filho.

A maior parte do movimento foi organizado pela rede social Facebook e através de um site oficial, com artigos e documentos denunciando a violência contra a mulher. Ao longo da caminhada, os manifestantes gritavam palavras de ordem para simbolizar o movimento, como “Sou feminista, não abro mão” e “A nossa luta é todo o dia. Mulher não é mercadoria”. No sábado, marchas similares ocorreram em cidades como São Paulo, Brasília e Belo Horizonte, reunindo milhares de pessoas.

A ideia do movimento nasceu no ano passado e passou a ser realizado em diversas cidades do mundo. A origem está em uma declaração de um policial, em palestra no Canadá. Ele argumentou que, para prevenir o estupro, as mulheres deveriam evitar de se vestirem como vadias. Assim, não seriam mais vítimas. Como resposta, as integrantes da marcha fizeram exatamente o contrário, trajando roupas provocantes.

Participantes pediram legalização do aborto durante a marcha na Capital. Foto Tarsila Pereira


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