Marchezan afirma que decretar lockdown não é possível sem consenso em Porto Alegre

Marchezan afirma que decretar lockdown não é possível sem consenso em Porto Alegre

Medida foi considerada pelo prefeito na última semana para diminuir contágio do novo coronavírus

Jessica Hübler

Marchezan conversou com gestores de hospitais para tratar sobre a situação da pandemia do novo coronavírus

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O prefeito Nelson Marchezan Júnior esteve reunido por videoconferência, mais uma vez, na tarde desta quarta-feira, com gestores de hospitais de Porto Alegre para tratar sobre a situação da pandemia do novo coronavírus na cidade e principalmente sobre o aumento constante e consistente na demanda por leitos de UTI. 

No encontro, Marchezan pediu o apoio das instituições hospitalares no diálogo com a sociedade para que haja uma restrição maior na circulação das pessoas. Na discussão, também foi tratada a possibilidade de determinação de um lockdown (bloqueio total) em Porto Alegre. 

Apesar de a medida já ter sido levantada por Marchezan e considerada como a última alternativa, ainda não há unanimidade sobre o tema. Na reunião, a gestão do Hospital de Clínicas, por exemplo, se mostrou favorável ao bloqueio total. 

Entretanto, alguns representantes que se mostraram contrários à medida. “Não estamos buscando culpados, mas não encontramos outras ferramentas reais que não seja restringir a circulação de pessoas para reduzir a contaminação. Os decretos não estão tendo a mesma eficácia que tiveram em março”, afirmou o prefeito, que ressaltou ainda que sem o consenso da cidade não será possível decretar o lockdown.

Previsões da Prefeitura

A diretora-presidente do Hospital de Clínicas, Nadine Clausell reiterou, após a reunião, que é preciso frisar que o aumento de leitos é finito e que as previsões da Prefeitura sobre o crescimento da demanda tem se mostrado corretas, ou seja, até o final de julho devemos estourar a terceira fase do Plano de Contingência da Secretaria Municipal de Saúde, que prevê 383 leitos de UTI adulto exclusivos para pacientes com a Covid-19. 

“Não foi uma reunião que tenha concluído nada muito inovador, seguimos na mesma batida, cada dia com sua agonia”, definiu. O Grupo Hospitalar Conceição (GHC) informou que não vai se manifestar sobre a reunião. Os hospitais Moinhos de Vento e Santa Casa também foram procurados, mas não encaminharam posicionamento a respeito do tema.


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