Marchezan reforça que "Carris não é viável" e que precisa privatizar ou licitar linhas
Prefeito calculou prejuízo aos cofres públicos em R$ 50 milhões
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O chefe do Executivo porto-alegrense acrescentou que ainda não há um prazo para o encaminhamento dos projetos referentes à Carris à Câmara de Vereadores, mas reafirmou não acreditar que a população queira pagar “R$ 50 milhões para manter um serviço inviável.” Quando assumiu a Prefeitura, Marchezan deu prazo de um ano para a empresa pública apresentar resultados, mas os números seguiram decaindo. “A Carris não consegue competir, é impossível o setor público competir com o setor privado”, decretou.
Carris sofre com problemas internos
Escolhido através do banco de talentos da prefeitura, Luís Fernando Ferreira ficou três semanas à frente da Carris quando do início do mandato de Marchezan. Foi substituído por Helen Machado, que assumiu em abril. Na sequência, em junho, a procuradora-geral Jaqueline Simões pediu o desligamento após 161 dias no cargo. No começo de agosto, o Ministério Público de Contas (MPC) solicitou auditoria na empresa a pedido dos servidores, que alegaram sucateamento da frota, suspensão de linhas e condições precárias de trabalho.
Já com as contas no vermelho, a Carris ainda precisa lidar com uma conta salgada. A empresa vai pagar R$ 9,1 milhões à Associação dos Transportadores de Passageiros de Porto Alegre (ATP) por rodar menos quilometragem, em 2016, do que o estabelecido no edital de licitação do transporte público de Porto Alegre. O pagamento vai ser feito em sete vezes, mensalmente, à Câmara de Compensação Tarifária da Capital.
No final de agosto, ocorreu o repasse da primeira parcela, no valor de R$ 1,3 milhão. Conforme a ATP, a Companhia ficou devendo cerca de 1,4 milhão de quilômetros.