Marinha assina contrato de estudo ambiental da nova base na Antártica
Estação Comandante Ferraz será reconstruída pelo Brasil após incêndio no ano passado
publicidade
Por ser a Antártica um lugar inóspito na maior parte do ano, o trabalho de avaliação do impacto ambiental para as obras será todo baseado em biografia existente. A estação fica na ilha Rei George, no interior da Baía do Almirantado.
Em 25 de fevereiro de 2012, o local pegou fogo, provavelmente por causa dos geradores de força. Um suboficial, Carlos Alberto Vieira Figueredo, e um primeiro-sargento, Roberto Lopes dos Santos, morreram porque não conseguiram deixar a Praça das Máquinas a tempo. Um sargento foi ferido, mas levado com vida para a estação polonesa, onde recebeu primeiros socorros e posterior transferência para uma base chilena.
De acordo com Nícolas Mascarello, sócio da Ardea Consultoria, o fato de conhecer o local ajuda a empresa na formação do trabalho. “Estive na estação em 2004 quando realizava pesquisa sobre a fauna local. O nosso desafio é o tempo, pois teremos apenas cinco meses para realizar a avaliação do impacto ambiental. O estudo seguirá referência do Ibama e será repassado para o Comitê Científico sobre Pesquisa Antártica, composto por 31 países”, informou.
Segundo o capitão de mar e guerra Geraldo Juaçaba, o processo de licitação para a reconstrução ddeve ser iniciado em outubro. “Só podemos fazer as obras a partir de novembro e elas devem ir até março, que é o período de verão antártico. Temos 15 militares na Antártida vivendo em módulos ambientais. O impacto ambiental deverá ser menor porque será no mesmo local da outra estação, além desta ser mais moderna e mais autossustentável”, garantiu o militar.