Marinha assina contrato de estudo ambiental da nova base na Antártica

Marinha assina contrato de estudo ambiental da nova base na Antártica

Estação Comandante Ferraz será reconstruída pelo Brasil após incêndio no ano passado

Correio do Povo

Marinha assinou contrato de estudo ambiental

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O primeiro passo para a reinstalação da Estação Antártica Comandante Ferraz foi dado nesta quinta-feira, em Porto Alegre, com a assinatura de contrato para a elaboração da avaliação do impacto ambiental. A empresa gaúcha Ardea Consultoria Ambiental foi selecionada entre 16 empresas por meio de um pregão eletrônico, realizado pela Secretaria da Comissão Interministerial para Recursos do Mar (Secirm), em julho.

Por ser a Antártica um lugar inóspito na maior parte do ano, o trabalho de avaliação do impacto ambiental para as obras será todo baseado em biografia existente. A estação fica na ilha Rei George, no interior da Baía do Almirantado.

Em 25 de fevereiro de 2012, o local pegou fogo, provavelmente por causa dos geradores de força. Um suboficial, Carlos Alberto Vieira Figueredo, e um primeiro-sargento, Roberto Lopes dos Santos, morreram porque não conseguiram deixar a Praça das Máquinas a tempo. Um sargento foi ferido, mas levado com vida para a estação polonesa, onde recebeu primeiros socorros e posterior transferência para uma base chilena.

De acordo com Nícolas Mascarello, sócio da Ardea Consultoria, o fato de conhecer o local ajuda a empresa na formação do trabalho. “Estive na estação em 2004 quando realizava pesquisa sobre a fauna local. O nosso desafio é o tempo, pois teremos apenas cinco meses para realizar a avaliação do impacto ambiental. O estudo seguirá referência do Ibama e será repassado para o Comitê Científico sobre Pesquisa Antártica, composto por 31 países”, informou.

Segundo o capitão de mar e guerra Geraldo Juaçaba, o processo de licitação para a reconstrução ddeve ser iniciado em outubro. “Só podemos fazer as obras a partir de novembro e elas devem ir até março, que é o período de verão antártico. Temos 15 militares na Antártida vivendo em módulos ambientais. O impacto ambiental deverá ser menor porque será no mesmo local da outra estação, além desta ser mais moderna e mais autossustentável”, garantiu o militar.

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