Marinha do Brasil interdita acesso ao Porto de Porto Alegre
Enxurrada da semana passada provocou o deslocamento dos sinais náuticos, o que prejudica a navegação
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Segundo o superintendente de Portos e Hidrovias, Vanderlan Vasconselos, o alerta sobre os riscos de a navegação ter sido prejudicada com a enxurrada foi dado na tarde de sexta-feira, quando ele mesmo flagrou a bóia de número 27 passando defronte ao Cais Mauá. "A força da correnteza, aliada a galhos de árvores e outros materiais que foram arrastados, retirou os sinais dos pontos de identificação do Canal, deixando a navegação insegura. Alertamos nossas equipes e, no começo da manhã do domingo, quando o nevoeiro se dissipou, encontramos várias bóias no Canal Cristal – próximo ao Beira-Rio. Imediatamente comunicamos a Marinha do Brasil, que nos deu retorno necessário", disse.
Assim que foi informada oficialmente da interdição pela Marinha, a SPH designou duas equipes para efetuar o levantamento dos pontos mais críticos e, na manhã de segunda-feira, deu inicio ao trabalho de reposição dos sinalizadores. "Nossa prioridade está sendo restabelecer os canais Porto Alegre e Navegantes que dão acesso ao Terminal do Rio Gravataí, para garantir a descarga de gás GLP", informou o diretor de Hidrovias, Pedro Obelar.
Medidas
O Superintendente destacou que durante toda a manhã desta segunda-feira três navios carregados com gás e produtos químicos precisaram ficar fundeados junto ao Cais Mauá, para evitar um deslocamento sem segurança. "Nossa preocupação foi comunicar os órgãos competentes para alertar sobre a situação. Tanto a Delegacia da Capitania de Portos, através do Capitão de Fragata, Jaime Tavares Alves Jr. e a Praticagem da Lagoa dos Patos foram alertados para evitar qualquer incidente", destacou. Ele destacou ainda que o Secretário de Infra-estrutura, Beto Albuquerque, também foi comunicado da situação da hidrovia, através de encaminhamento do relatório da Marinha do Brasil.
Vanderlan explica que o objetivo é liberar a navegação o mais rápido possível, a fim de evitar danos à economia do Estado e o bem-estar da população. "É pela hidrovia que passa a maior parte do gás liquefeito de petróleo - GLP - que abastece as residências gaúchas. Atualmente cerca de 1/3 do ICMS arrecadado pelo Estado passa pelos canais de navegação. Mantê-la operando é uma questão vital a nossa economia", alertou.