Marinha do Brasil interdita acesso ao Porto de Porto Alegre

Marinha do Brasil interdita acesso ao Porto de Porto Alegre

Enxurrada da semana passada provocou o deslocamento dos sinais náuticos, o que prejudica a navegação

Rádio Guaíba

Marinha do Brasil interdita acesso ao Porto de Porto Alegre

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A Marinha do Brasil interditou os canais de navegação compreendidos entre o Lago Guaíba e o Rio Jacuí. A determinação só foi feita após informação da própria Superintendência de Portos e Hidrovias (SPH) do deslocamento dos sinais náuticos em decorrência da enxurrada ocorrida no final da semana passada. A Delegacia da Capitania dos Portos verificou a situação dos canais e comunicou à SPH que é impraticável a navegação nos Canais Cristal, Porto Alegre, Navegantes e Pólo Terminal Santa Clara. Ao todo, 38 bóias e sinais náuticos ficaram fora de posição.

Segundo o superintendente de Portos e Hidrovias, Vanderlan Vasconselos, o alerta sobre os riscos de a navegação ter sido prejudicada com a enxurrada foi dado na tarde de sexta-feira, quando ele mesmo flagrou a bóia de número 27 passando defronte ao Cais Mauá. "A força da correnteza, aliada a galhos de árvores e outros materiais que foram arrastados, retirou os sinais dos pontos de identificação do Canal, deixando a navegação insegura. Alertamos nossas equipes e, no começo da manhã do domingo, quando o nevoeiro se dissipou, encontramos várias bóias no Canal Cristal – próximo ao Beira-Rio. Imediatamente comunicamos a Marinha do Brasil, que nos deu retorno necessário", disse.

Assim que foi informada oficialmente da interdição pela Marinha, a SPH designou duas equipes para efetuar o levantamento dos pontos mais críticos e, na manhã de segunda-feira, deu inicio ao trabalho de reposição dos sinalizadores. "Nossa prioridade está sendo restabelecer os canais Porto Alegre e Navegantes que dão acesso ao Terminal do Rio Gravataí, para garantir a descarga de gás GLP", informou o diretor de Hidrovias, Pedro Obelar.

Medidas

O Superintendente destacou que durante toda a manhã desta segunda-feira três navios carregados com gás e produtos químicos precisaram ficar fundeados junto ao Cais Mauá, para evitar um deslocamento sem segurança. "Nossa preocupação foi comunicar os órgãos competentes para alertar sobre a situação. Tanto a Delegacia da Capitania de Portos, através do Capitão de Fragata, Jaime Tavares Alves Jr. e a Praticagem da Lagoa dos Patos foram alertados para evitar qualquer incidente", destacou. Ele destacou ainda que o Secretário de Infra-estrutura, Beto Albuquerque, também foi comunicado da situação da hidrovia, através de encaminhamento do relatório da Marinha do Brasil.

Vanderlan explica que o objetivo é liberar a navegação o mais rápido possível, a fim de evitar danos à economia do Estado e o bem-estar da população. "É pela hidrovia que passa a maior parte do gás liquefeito de petróleo - GLP - que abastece as residências gaúchas. Atualmente cerca de 1/3 do ICMS arrecadado pelo Estado passa pelos canais de navegação. Mantê-la operando é uma questão vital a nossa economia", alertou.


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