Marinha e Redenção são os parques mais conhecidos de Porto Alegre, aponta pesquisa

Marinha e Redenção são os parques mais conhecidos de Porto Alegre, aponta pesquisa

Levantamento do Instituto Semeia mostrou ainda que estrutura dos locais precisa melhorar

Mauren Xavier

Parques são frequentados para atividades esportivas e de lazer

publicidade

O Marinha do Brasil e o Farroupilha (Redenção) apareceram como os parques urbanos mais conhecidos da capital gaúcha, segundo pesquisa realizada pelo Instituto Semeia, divulgado nesta semana. Porém, o levantamento ainda mostrou que há muito a melhorar para que os usuários realmente utilizem os parques naturais, formados por áreas de conservação, e os urbanos, que estão dentro das cidades e frequentadas para atividades esportivas e de lazer.

Em relação aos parques urbanos, 43% dos entrevistados disseram evitar os locais pelos problemas de infraestrutura. Esse quesito envolve falta de segurança, problemas de iluminação, falta de informações e de equipamentos de lazer. Nestes locais, a questão econômica é influenciada pelos custos da distância, transporte e alimentação, que abrange 42% dos pesquisados.  Já nos parques naturais, a questão econômica tem peso maior, normalmente em função do custo da viagem e hospedagem e a distância e o acesso, segundo informaram 62% dos entrevistados.

Outro ponto que é indicado como barreira é o comportamento da população. No caso da não visitação aos parques naturais se dá, para 16% dos entrevistados, porque preferem passeios urbanos ou outros destinos, como a praia. Já no caso dos parques urbanos, 29% disseram que preferem ficar em casa, o cansaço ou optam por outros passeios.

  Mostrar a natureza aos filhos e o gostar do contato com essas áreas foram apontados como os dois principais motivos de visitação aos parques naturais, para 32%. Os entrevistados também disseram que foram visitar para conhecer um atrativo famoso do parque (20%) ou por indicação de amigos e familiares (17%). Já o que motiva a ida aos parques urbanos é o descanso (48%); o passeio (47%) e um espaço para levar crianças para brincar (42%) ou para fazer caminhadas ou correr (35%).  

O levantamento inédito avaliou as condições dos parques das capitais de São Paulo, Salvador, Rio de Janeiro, Manaus e do Distrito Federal, além de Porto Alegre. Segundo o Instituto Semeia, a ideia foi verificar a percepção da sociedade para indicar as melhorias que podem ocorrer na gestão desses espaços. Ao todo, foram entrevistadas 815 pessoas distribuídas pelas regiões, entre 16 e 70 anos.  

Um dos pontos investigados foi a aceitação ou não de concessões ou parcerias dos parques com empresas e entidades privadas. No caso dos parques naturais, o percentual dos favoráveis é de 50%, enquanto que 15% mostrou indiferença; 22% foram contra; e 13% não souberam responder. Em relação aos parques urbanos, o percentual de aceitação de parcerias é maior, atingindo 57%.

Segundo o diretor-executivo do Instituto, Fernando Pieroni, defende as parcerias em parques, por acreditarem que melhoram os serviços para a sociedade. Além disso, destaca que não há uma modalidade de concessão ou parceria para a gestão de parques. Levantamento ainda destacou que os usuários estão otimistas em relação ao potencial de melhorias na visitação e na conservação dos espaços.

Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895