Mecânicos também podem ser indiciados por mortes de meninas na BR 386

Mecânicos também podem ser indiciados por mortes de meninas na BR 386

Crianças moravam em aldeia que fica próxima à rodovia, em Estrela

Samuel Vettori / Rádio Guaíba

Acidente em Estrela deixou quatro indígenas mortas

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A Polícia Civil vai ouvir na próxima semana os depoimentos dos mecânicos que trabalharam na manutenção do caminhão envolvido no acidente com quatro mortes de crianças, em outubro. Conforme o delegado José Romaci Reis, se comprovar a versão do caminhoneiro de que o veículo passou por uma manutenção pouco antes do acidente e o trabalho foi mal acabado. Os profissionais também podem ser responsabilizados pelas mortes. A tragédia ocorreu na BR 386, em Estrela.

A adolescente Anelise Soares Lemes, de 13 anos, morreu, na tarde de sexta-feira passada, 11 dias após acidente. Duas irmãs e uma prima dela, de uma comunidade indígena às margens da estrada, perderam a vida no dia em que um rodado do veículo de carga se soltou e atingiu o grupo. As vítimas são Chaiane Soares Lemes, de 15 anos; Taís Soares Lemes, 9, e Franciele dos Santos Soares, 14. As meninas caminhavam diariamente  até a rodovia para esperar o transporte escolar. Após o caso, as vans passaram a entrar na aldeia.

O motorista do caminhão alegou à Polícia Civil que não prestou socorro às garotas porque não viu que o rodado do veículo havia se soltado. Ele responde ao caso em liberdade. Vai responder pelas quatro mortes e por ter abandonado o local do acidente. 

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