Mercado Público calcula perda de 50% nas vendas das bancas com pandemia

Mercado Público calcula perda de 50% nas vendas das bancas com pandemia

Campanha de incentivo à tele-entrega será lançada nos próximos dias

Correio do Povo

Movimento neste sábado no Mercado Público

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A presidente da Associação do Comércio do Mercado Público Central (Ascomepc) de Porto Alegre, Adriana Kauer, calculou na manhã deste sábado uma queda de 50% nas vendas nas cerca de 70 bancas que permanecem abertas mesmo com a pandemia do novo coronavírus. “No primeiro mês baixou 80%”, recordou. Outras lojas e restaurantes estão operando com delivery e take away (pegue e leve), enquanto oito encontram-se fechadas. Para amenizar a situação, Adriana Kauer revelou que nos próximos dias será lançada uma campanha de incentivo à tele-entrega do Mercado Público.

A reportagem do Correio do Povo esteve na manhã de sábado e constatou um bom movimento, mas a presidente da entidade considerou ainda distante da normalidade. “Nos sábados as pessoas vinham muito, mas agora parou um pouco. As pessoas compram para subsistência, mas não para passear como antes. As pessoas estão mais pontuais nas compras”, acrescentou. O Mercado Público de Porto Alegre conta com 106 estabelecimentos, onde trabalham em torno de 1,2 mil pessoas

Conforme a dirigente, algumas lojas registraram demissões de empregados. “O Mercado Público tem uma tradição de muita proximidade e preocupação com os funcionários”, observou. Ela explicou que muitos foram demitidos com a promessa de que serão recontratados quando a situação se normalizar, recebendo enquanto isso no período o seguro-desemprego.

Sobre o uso de máscaras para a prevenção do contágio do novo coronavírus, a presidente da entidade confirmou que os comerciantes estão obedecendo o decreto municipal. “Eles 100% as usam”, sintetizou. No entanto, o público nem sempre tem respeitado a norma mesmo após a distribuição na semana passada de cerca de mil máscaras visando a conscientização dos clientes. “O problema é que têm pessoas que não querem usar máscaras. A maioria de quem está sem máscara é por que não quer…”, constatou. “Não temos o poder fiscalizatório”, frisou.

Na última terça-feira, dois higienizadores de mãos com pedal foram instalados nos portões de acesso ao Mercado Público, localizados no Largo Glênio Peres e na avenida Júlio de Castilhos. A medida faz parte das ações contra a propagação do novo coronavírus adotadas pela entidade desde o começo da pandemia. Diariamente é reforçada a importância do uso do equipamento de proteção nas dependências do prédio. Para Adriana Kauer, o trabalho de conscientização tem de ser contínuo para fazer com que “todos se sintam responsáveis não só pela sua saúde, mas como a de todos que circulam” no local.


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